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Argentina (Parte 1) – Lua de Mel

4 Comentários

De tudo o que vivemos, quer sejam coisas boas ou coisas ruins, vamos levar ambas como lembranças (ou deixá-las para trás). O que faz com que experiência “x” ou “y” seja gravada em nossa mente de forma a nos acompanhar pelo resto da vida é a sua intensidade, ou melhor, a intensidade com a qual a vivemos.

Foram 16 meses na Argentina (ou quase), e dessa experiencia há muito o que se contar. Não vou, no entanto, começar com o que causou o nosso silêncio por mais de 120 dias. Apesar de saber que muitos estão curiosos para entendê-lo. mas: Não! Vou fazer um sanduíche de posts. Como uma fatia de pão, uma camada de manteiga e outra de pão, farei um post sobre o que tivemos de bom, um breve post sobre o que vivemos de ruim, e terminarei com um último post com mais coisa boa!!! E que o ruim se limite a sua pequena porção e se contente com isso! 🙂 Começo pelo lado bom, claro… pela Lua de Mel, por nosso encantamento com esta terra e algumas coisas que aqui conquistamos e aprendemos. Depois, e garanto que aí serei breve (ou tentarei meu melhor) vou para o que foi mais pesado e difícil, e que apesar de ter nos marcado pela dureza que representou, nos serviu para nos ensinar e nos permitir levar coisas boas também. E por último, o que seriam os nossos últimos 10 dias  – a gloriosa despedida.

 

Então vamos a 1a parte:

Se há uma coisa que (acho que) aprendemos é que não estamos no controle de nada. Nós até podemos achar que temos tudo ajeitado e sob controle na vida, mas a verdade é que quer tenhamos uma vida cheia de aventuras, ou uma vida (mais) estruturada, uma hora, em algum momento, perceberemos que as coisas podem fugir do nosso controle. E quando isso acontece (ou acontecer), poderemos escolher entre “surtar” ou “desfrutar”. Já passei pelas duas escolhas. Uma escolha aqui, outra ali… e até as duas juntas, acredite! Por mais difícil que pareça o melhor é escolher “desfrutar” – quem sabe a situação também traga algo proveitoso (parece fácil falar, eu sei).

 

Mas nossa estada que duraria apenas até quando durasse a cortesia da amarra no club (3 meses), acabou virando 4… depois 5, 6 e por fim, 16 meses. Muita coisa boa, nesse período. A grosso modo, podemos dizer que conhecemos BsAs e o estilo de vida argentino, portenho… Nos demos muito bem na grande BsAs… nos adaptamos rapidamente ao transporte público, sempre nos deslocando usando os trens, metrôs e ônibus. Também usamos muito os remises (uma espécie de taxi) e Ric usava sempre a sua bike (a não ser no período em que esteve sem ela – mas isto é outra história). De qualquer modo, esta forma de “nos virarmos” pela cidade nos permitiu conhecê-la ainda melhor. Por outro lado, perdemos algumas (boas) chances de conhecer outros lugares (com exceção da viagem magnifica que fizemos a Córdoba por 12 dias, e o passeio a San Antonio de Areco – sem igual!).

 

O mais marcante de toda a nossa estada, no entanto, foi, sem dúvida a oportunidade de nos relacionarmos… de fazer amigos. No clube e na igreja (e algumas vezes até mesmo fora… na rua), Deus sempre nos cercou com pessoas amorosas, prestativas e atenciosas. Fomos sempre muito bem recebidos, acolhidos, amparados e sempre nos sentimos como parte da família.

 

A igreja – o corpo de Cristo – realmente foi um caso a parte. Ali, nos sentimos “adotados” desde o primeiro dia. Com irmãos desta comunidade experimentamos diversos e diferentes momentos. Carinhos e caprichos, visitas, chás com “media-lunas”, café das meninas e cinema dos meninos, sem falar nos relacionamentos das crianças, que também se sentiram em casa. Se não fosse pelos contatos iniciais e os demais que fomos desenvolvendo, e pela comunhão, eu não teria descoberto o verdadeiro significado de “homeschooling” (e nem as crianças), não teríamos nos apaixonado tanto por BsAs, não teríamos sido abençoados (de tantas maneiras) pelos membros da comunidade, não teríamos aprendido outra língua (obrigada por “aceitarem” meu inglês e por “cobrarem” meu espanhol!), não teríamos aprendido a estender uma manta no “pasto” (gramado convidativo) da praça mais próxima após um almoço (levando uma “matera” – com mate e térmica – um bom livro) e curtir o momento durante o tempo que durasse… e também não teríamos saído da Argentina com uma mistura de tristeza e e alegria… e um enorme nó na garganta.

 

Aos amigos do club, aos irmãos da igreja, aos que conhecemos nos trens e nas “calles”, e principalmente a Deus, vocês nos presentearam  com meses e mais meses de muito alegria, amor e aprendizado. Todos (e cada um de vocês de uma maneira especial) serão lembrados e levados conosco em nossos corações e nossas memórias (da nossa primeira parada, do nosso primeiro porto!) para sempre.

 

Obrigada Buenos Aires… minha querida Buenos Aires!

Autor: helenayoshima

Tripulante da embarcação "Veleiro Amar Sem Fim"

4 pensamentos sobre “Argentina (Parte 1) – Lua de Mel

  1. Para pessoas muito especiais como voces tudo conspira a favor sempre!

    Amèm!

    Mauriane e Luiz

  2. Show!!!! Quero mais… ansioso para ler as próximas… abraços 😉

  3. Irmã Helena,
    estaremos velejando em St. Martin, Anguilha e St. Barths entre 26/12/2014 e 02/01/2015.
    Se vocês estiverem por perto, por favor entrem em contato !
    Deus continue abençoando vocês

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