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Porto Seguro – Nada é por acaso!

Já faz tempo que eu queria compartilhar com todos o porquê da nossa estada prolongada em Porto Seguro, Bahia.

Infelizmente, algumas coisas acabaram impedindo o post de sair mais cedo. A internet, apesar de ter melhorado muito, ainda é um problema para nós. De qualquer modo, o post está aqui! Saiu! E espero que vocês que nos acompanham, desfrutem da leitura!

Chegamos em Porto Seguro no dia 02 de maio (2015), e nossa previsão inicial era de abastecer, e seguir viagem. Depois de descansarmos um pouco, saímos para conhecer a cidade um dia… ver o centro-histórico no outro… encontrar amigos da vela em um outro dia ainda… e assim, a coisa foi se prolongando um pouquinho. Mas em um dos bate-papos (e em algumas trocas de mensagens no fb), acabamos sendo convencidos (e percebemos que era o mais sensato a se fazer, de qualquer maneira) de que correr para chegar em Fortaleza e fazer a travessia ainda antes de junho seria loucura. Além da correria, seria perigoso. Apesar da temporada de furacões estar ainda começando, o risco está lá! Esta não é a melhor época pra se fazer a travessia… Não é necessário correr este risco. Mas isso queria dizer que nossa saída do Brasil demoraria ainda outros 6 meses mais. Nós não reclamamos, exatamente… mas não estávamos de todo contentes. Vínhamos ansiosos e empolgados com a saída “logo aí na frente” e a decisão, embora sendo a mais sensata, frustrou um pouco nossos planos.

MAS… sabemos que diferente dos nossos planos, os de Deus jamais podem ser frustrados… são infinitamente mais do que pedimos ou pensamos… sempre contribuem para o bem dos que O amam… e são para nos dar um futuro e esperança (Jó 42:2, Efésios 3:20, Romanos 8:28, Jeremias 29:11).

Agora, então, conto o verdadeiro motivo da nossa estada prolongada… que naqueles dias, ainda não conhecíamos.

Quando chegamos aqui em Porto Seguro, naquele dia 02 de maio, uma das primeiras coisas que fiz foi procurar uma igreja para congregar. Nossos amigos que nos acompanham desde o início, sabem que este é um desafio que nosso pastor no interior nos lançou, quando saímos de lá de SP… há mais de 2 anos. Enfim, encontramos algumas igrejas e, como o domingo se aproximava, escolhemos uma – mais fácil de achar e chegar – e fomos visitá-la. No entanto, nosso pastor no Rio nos havia indicado uma outra. Sem saber direito de como a indicação tinha surgido, ficamos intrigados com o fato de que não conseguimos encontrá-la…

Bom, até este momento, nossa ideia era ficar mais alguns dias em Porto Seguro e zarpar com a próxima “frente fria” que se aproximasse… até Camamú – BA… e, sem pressa, seguiríamos subindo sempre para o Norte, até chegar a época boa de se fazer a travessia. Foi então que em um dos nossos últimos dias em Porto Seguro, decidimos caminhar a tarde até o fim da orla… E avistamos a balsa que atravessa ao Arraial d’Ajuda. Ricardo quis atravessar, mas já estávamos meio cansados e queríamos voltar. Acabamos indo mesmo assim, e logo que atravessamos, chegamos a um hotel/marina que decidimos entrar para ver. O lugar era lindo, mas deveria ser os olhos da cara para estacionar o barco lá. Conversamos com um rapaz, que nos deu um número de celular de um outro funcionário para o qual ligamos em seguida (ainda na mesma tarde) e conseguimos um belo desconto, especialmente por não ser alta temporada. Resolvemos mudar a posição do veleiro, então, e na manhã seguinte, saímos cedinho e “voltamos” 2 nm (nautical miles) para o sul.

Entramos sem dificuldade pelo canal de Porto Seguro – que exige bastante atenção!!! – e manobramos e amarramos o Amar Sem Fim no pier do Hotel Marina Quinta do Porto. Enquanto eu terminava de acordar a tripulação e cuidar da parte de dentro da cabine, Ricardo saiu para fazer os desvios contatos com o pessoal da marina e, conversando com o rapaz do celular, descobrimos que ele mesmo era membro da tal igreja que ha tanto buscávamos. Fomos convidados a visitar a reunião de célula (um pequeno grupo onde se estuda a Palavra de Deus), e assim acabamos conhecendo um grupo incrível de cristãos que nos acolheu com muito carinho e amor.

No caminho para este encontro, e conversando com quem foi nos buscar, descobrimos que haveria um projeto missionário com o qual os membros daquela igreja estariam envolvidos e achamos interessante e até possível que ficássemos para servir junto a eles. Mas ainda não havíamos definido nada. Deus ainda estava para nos mostrar algo mais. Durante aquela semana, antes do nosso primeiro culto naquela igreja que acabávamos de encontrar e conhecer, conversando com um amigo de adolescência, Ricardo descobriu que este amigo viria a Porto Seguro no fim do mês de junho. Achamos legal e cogitamos brevemente a ideia de ficar e esperar até lá… mas seria tanto tempo!!! Entendendo melhor os motivos desta vinda a Porto Seguro, descobrimos que este amigo viria com a sua igreja, que estava envolvida em um projeto missionário junto a algumas igrejas de Porto Seguro.

Bom, quem me conhece sabe que não acredito em acaso ou coincidências… creio que tudo tem um propósito e que Deus não dá ponto sem nó!!! Acabou que os dois projetos estavam relacionados e decidimos que ficaríamos o mês todo de maio por aqui (colocando o homeschooling em dia) e também o de junho. A princípio, íamos apenas receber e encontrar nosso amigo (que vem com parte da família). Mas ao receber aqui no veleiro uma visita de um membro da igreja aqui de Porto Seguro, fomos convidados a servir durante o projeto, não apenas na última semana de junho (quando virá a igreja First Baptist Orlando), mas também nas anteriores (quando recebemos grupos de missionários de 3 igrejas diferentes no Tennessee).

Como disse, não há acaso! Não há coincidências! Deus não dá ponto sem nó e pra tudo Ele tem um propósito (mesmo que no momento não o entendamos)! Ele nos queria aqui, e fez com que entendêssemos a Sua vontade de forma tão clara que sentimo-nos imensamente abençoados!!! Isso não acontece, nem aconteceu somente conosco… Deus está sempre nos dando dicas, ou nos mandando recados bem claros, do que é que Ele quer que façamos, ou de como Ele quer que sirvamos… mas é importante ouvi-Lo. Não há outra forma de entender Suas orientações e direções se não estamos dispostos a gastar tempo com Ele, primeiro, e a seguí-lo!

Por isso, hoje, além de saberem o motivo que nos fez ficar em Porto Seguro – que além de tudo é uma cidade espetacular – deixo com vocês que nos lêem, uma reflexão: Será que sua vida não estaria mais em ordem se você não gastasse um pouco mais de tempo com a Palavra de Deus (que é o principal meio que Ele utiliza para falar com Seus amados)? Ou será que não estamos passando tempo de menos em comunhão com os irmãos e membros do corpo de Cristo (que é outro meio que Deus usa para falar conosco)? Ou ainda, será que temos nos colocado a disposição de Deus com um coração que O busca sinceramente, e busca a Sua vontade, e está disposto a ouvir e obedecer ao Pai?

Escrevo a vocês com muito amor, compartilhando parte da nossa história – da qual vocês, de uma forma ou outra ,fazem parte. Que Deus os abençoe e os guarde em Seu amor sem fim!

Amar Sem Fim!


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Abrolhos (e Caravelas)

A noite de terça-feira (21/05), nós abastecemos o Amar Sem Fim com água. Tínhamos abastecido com mantimentos já no dia anterior e terminamos algumas compras que ainda faltavam naquela noite mesmo.

Estacionamos o barco próximo ao píer lá do Yacht Club de Búzios e, enquanto o Ric observava o abastecimento, nos despedimos  dos amigos com quem tínhamos passado o dia, e saímos pra comer um hambúrguer com outros amigos que tínhamos encontrado ali em Búzios, e que estavam lá no clube quando chegamos.

Ok, tudo pronto. Algumas boas horas de descanso e bem cedinho na quarta-feira, 22, saímos para Abrolhos. A viagem seria um pouco longa… quase como a de Rio Grande (RS) até Floripa (SC). A previsão era de 55 a 60 horas de viagem… estávamos preparados e, tendo já estudado o clima, sabíamos que a previsão era muito boa. Ventos bons e constantes. Velejamos bastante… motoramos um pouquinho… dias lindos… muito sol, mar tranquilo…

Até que o motor parou!

Ok, seguimos apenas no vento, que já dava sinais de calmaria há algumas horas… reduzindo sua velocidade e intensidade…

Passamos a entrada de Vitória (ES) – que seria uma possível parada se os ventos morressem ou se viessem mais fortes do que o esperado… Sem motor, voltar a Vitória seria impossível. Principalmente porque navegar pelo canal até onde poderíamos ancorar, passando pelo porto etc, seria pouco, bem pouco prudente, e um tanto difícil.

Ficamos boiando por umas boas horas, até que o vento começou a acelerar novamente lá pelo meio da tarde. Como já devíamos estar entrando no terceiro dia de viagem, resolvemos levar mais a sério a questão dos turnos, uma vez que nós dois – Ric e eu – gostamos de ficar no cockpit se o tempo está bom… mesmo que não seja nosso turno. Evitaríamos assim, o cansaço desnecessário. Combinamos que eu ficaria das 20:00 até a meia-noite no cockpit no meu turno… ele descansaria e retomaria das 12:00 às 4:00am… quando eu assumiria depois, por mais umas horas. Teria o dia todo seguinte para descansar, e ele tbm, intercalando com cochilos e a presença das crianças, que planejo começar a incluir nos turnos (não sozinhas, mas apenas para irem se familiarizando com a situação de observação).

O vento que apareceu no meio da tarde veio bem gostoso. Nos levou a boa velocidade e a velejada até as 01:30 da manhã foi muito boa… Até que ele parou outra vez!

A esta altura estávamos ha umas 25 ou 30 milhas da costa, e o sinal para comunicação já era inexistente. Para acompanhar-nos, amigos e família tinham que contar com as atualizações do SPOT – que nos serviu muito bem!

Paramos quase o dia todo. Boiando… horas…

Foi lindo ver o sol nascendo no meio do nada. Ver cardumes de peixes grandes e coloridos ao redor do barco. A cor do mar naquela região é quase impossível descrever… e sua transparência, então… marcados pra sempre na lembrança.

Mais uma vez, no meio da tarde, o vento chegou e começou a acelerar, nos permitindo levantar velas e seguir viagem rumo a Abrolhos – BA… e foi este vento que nos levou até lá. Chegando com a “frente-fria”, com chuva e nuvens negras, porém tranquilos… As rajadas não passavam de 20 ou 25 nós.

Com receio de chegar à região ainda de noite, ou no escuro, resolvemos reduzir as velas… administrando a quantidade de “pano”, a velocidade do veleiro e a velocidade dos ventos. Enfim, tranquilamente, depois de 97 horas de viagem, chegamos a Abrolhos na manhã do domingo, 26… e descansamos!!!

Em Abrolhos, nos dias que se seguiram, pudemos conhecer o arquipélago, visitar ilhas, mergulhar, visitar o Farol, conhecer mais sobre os Atobás, as Fragatas, as Grazinas e sobre a ICMBio. As pessoas que conhecemos lá também foram muito acolhedoras e nos trataram com muito carinho – pelo que somos muitíssimo gratos.

Abrolhos não tem energia elétrica, sendo que usam uma pequena usina como gerador para a ilha. Telefone, internet e a comunicação em geral são bem limitados e conforme chegava perto da data do aniversário do meu pai (dia 28), meu coração começou a apertar. A ideia inicial era já estarmos em Caravelas no dia 28 (mesmo que a noite). Porque assim, por lá, eu conseguiria sinal e poderia me comunicar com ele e com minha família. Mas não conseguimos. Acabamos passando o dia 28 em Abrolhos mesmo – foi um dia lindo, com um por do sol maravilhoso e momentos de passeio e diversão para as crianças que também deverão ficar pra sempre guardados na lembrança.

Dia 29 cedo, saímos para Caravelas. Conseguimos combustível emprestado com 2 amigos, de dois veleiros diferentes, mas chegamos a caravelas praticamente só no vento, sem muita necessidade de gastar o pouco combustível que nos emprestaram.

Caravelas é lindinha! Agradecimento especial a amigos queridos que conhecemos em Abrolhos, nos emprestaram combustível e nos deram super apoio enquanto em Caravelas!!!! A cidade é pequena, mas muito charmosa. Na noite do dia em que chegamos (29) Ric comprou um pouco mais de mantimento e descansamos bem. No dia seguinte, conhecemos a cidade e fizemos uma boa compra para as próximas viagens que ainda não havíamos definido se seriam até Salvador, Camamú, Porto Seguro etc…

Por fim, decidimos que pararíamos em Porto Seguro, mesmo. Mas que sairíamos em seguida (dois ou três dias depois) em direção a Salvador. Ainda nestes dias, nossos planos eram de chegar ao Caribe antes de (ou junto com) a temporada de furacões… ainda em Junho. Aos poucos, já em Porto Seguro, descobriríamos mais uma vez, que os planos de Deus pra nós são sempre perfeitos, sempre muito melhores do que os nossos, e nos proporcionam muito, mais muito mais do que podemos pedir ou sequer imaginar.

Chegamos em Porto seguro depois de apenas 19 horas de viagem, no dia 01 de Maio. Acho que ficamos um pouco mais de 1 semana em Coroa Vermelha (Cabralia/Porto Seguro)… Mas hoje escrevo pra vocês de Arraial d’Ajuda (vizinha de Porto Seguro), onde estamos há 8 dias… e onde devemos ficar por mais algum tempo (indefinido, ainda).

O próximo post conta sobre nossos primeiros dias aqui na região de Porto Seguro, Cabralia e Arraial… e sobre como Deus tem nos guiado e nos abençoado durante nossa aventura toda!

AmarSemFim /)/)


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Arraial do Cabo / Cabo Frio / Buzios

A partida do Rio foi emocionante… passamos 2,5 meses na cidade maravilhosa e deixá-la (e tudo que vivemos lá e todos que encontramos, reencontramos e conhecemos também) foi doloroso. Mas estávamos, ao mesmo tempo, empolgados com a perspectiva de viver novas aventuras, encontrar amigos e conhecer novas pessoas…

A empolgação era grande e partimos cedinho de lá… em direção ao Boqueirão (na região de Cabo Frio e Arraial do Cabo).

A viagem foi inteira no motor. Não havia ventos! Pouco menos de 12 horas de viagem. O mar estava completamente sem ondas. Parecia uma lagoa. Vimos golfinhos no caminho. Ficaram um bom tempo com a gente e pedi ao Ric que os filmasse ou tirasse fotos, enquanto observávamos o passeio deles em torno do veleiro. Triste foi a nossa surpresa quando vimos que nada tinha sido filmado. Ric não conseguiu acertar o foco e as imagens do mar, sem ondas, ficaram registradas, e nada mais.. nada além delas… nada de golfinhos! 😦

Conforme foi terminando o dia, de repente, baixou uma forte névoa. Em alguns momentos, cheguei a me preocupar porque a visibilidade era muito reduzida e a entrada pelo boqueirão era estreita. Sim, o mar estava calmo e não havia ventos… mas mesmo assim… Finalizamos a viagem apenas por instrumentos, uma vez que o anoitecer e a névoa nos impediam de enxergar direito.

Pela carta náutica, achamos uma boa localização para ancorar e, por volta das 18:30, já tínhamos ancorado e desligado todos os equipamentos… Banho quente (uma vez que o motor aqueceu a água do banho) e cama.

Ancoramos pertinho de uma base da Marinha. Tomamos café e curtimos bastante o mar, mergulhando, pescando etc

Foram poucos dias na região. Acho que nem sequer uma semana inteira. Mas foi o suficiente para nos apaixonarmos pelas águas de Arraial do Cabo, Cabo Frio e Búzios, para revermos amigos queridos, para matar a vontade de mergulhar no mar – uma vez que na Baia de Guanabara o mergulho era simplesmente impraticável… (fotos da Baia de Guanabara, mais abaixo).

Logo já nos preparamos para sair em direção a Abrolhos. Aí sim, seriam mais dias de viagem. Mas olhando bem a previsão, passaríamos por ventos suaves e constantes que nos levariam ao nosso destino em pouco mais do que 2 dias… Mas não foi bem assim.

Achar que não precisávamos de combustível e abastecer o barco apenas com água foi o maior erro que já cometemos…

Logo mais vem post da viagem até Abrolhos e a parada em Caravelas.

AmarSemFim /)/)


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RIO – 74

Setenta e quatro dias no Rio de Janeiro… Para quem não ia nem entrar… para quem não queria nem parar na cidade maravilhosa, setenta e quatro dias foram surpreendentes!

Foram tantas coisas experimentadas por lá… E não poderíamos ser mais gratos a Deus pelo fato dEle ter no levado até lá… e lá nos guardado e abrigado… derramando sempre mais das Suas bênçãos.

Quem imaginaria, por exemplo, que ficaríamos ancorados na Urca? A hospedagem no Yacht Club do Rio era simplesmente impraticável… tão absurda quanto a de Ilhabela – SP. A solução que achamos foi ancorar em uma praia ali perto… pertinho… a praia da Urca… e ali esperar a peça (que ficou danificada com os ventos fortes da chegada) ficar pronta (mal sabendo que levaria mais de 2 meses). Descobrimos que a Urca é o único bairro na cidade do Rio que não tem favelas. Lá, há uma base da marinha e do exército… uma escola superior de guerra… apenas uma entrada para o bairro. Uma rua por onde entram ou saem. E na estrada do bairro, nesta “uma” rua, um posto da policia militar. Acho que era o lugar mais seguro que poderíamos estar!!!

Quem imaginaria também, que nesta mesma rua encontraríamos uma boa igreja (a PIBUrca – Primeira Igreja Batista da Urca)? Que visitamos logo que chegamos e procuramos frequentar sempre que os finais de semana nos permitissem… e também algum culto durante a semana. Que nos acolheu com tanto amor e carinho… que veio ao AmarSemFim, onde ministraram um culto de louvor e adoração ao Senhor… o primeiro (de muitos que, esperamos, ainda virão). De quem nos despedimos com tanto carinho e quem levamos junto conosco por onde vamos, em nossos corações!!!

Tampouco imaginaríamos que ali, encontraríamos um pet shop bom!!! Que cuidou mto bem da nossa pet e mascote, Jolie… e que nos indicou nada mais e nada menos do que uma dermato de cachorros!!! Sim, existe esta especialidade veterinária e foi alí que salvamos nossa pequena shih-tzu da alergia que judiava tanto da pele (e pelo) dela! A veterinária (Dra. Caroline) fez vários exames na Jolie e conseguiu pontuar com precisão o que a perturbava e, dessa forma, pode tratar dela… que ainda hoje se encontra com sua pele e pelo 100% recuperados!!!

São tantos “quem imaginaria” que tenho que tomar cuidado, pois certamente vou deixar algo de lado…

Lá na Urca, passamos o carnaval do Rio de uma maneira bem segura e tranquila! Foi pra lá que muitas vezes, família, família estendida (ou agregados) e amigos e irmãos na fé se dirigiram… ou para nos buscar para um churrasco, uma visita, um almoço, a visita a uma igreja… ou para velejar ou navegar um pouco com a gente no AmarSemFim. Foi lá na Urca que tiramos várias fotos de nascer e pôr-do-sol… com queridos… ou as vezes só nós mesmos. Foi ali na Urca também que nos desentendemos numa manhã de sábado… quando a estada prolongada e as dúvidas começaram a incomodar e colidiram naquela manhã… Foi ali mesmo também que pedimos perdão e nos perdoamos… e seguimos adiante, mais firmes, dedicados e decididos do que nunca. Foi ali que conhecemos amigos (vários) de diferentes partes do mundo… Alemanha, Suíça, Irlanda, Austrália e África do Sul…

Quando finalmente saímos do Rio, uma amiga, irmã querida nos escreveu – o que me encheu de lágrimas – que a paisagem da Urca nunca mais seria a mesma… pois o AmarSemFim já era parte dela! E foi assim mesmo que nos sentimos quando tivemos que nos despedir… deixando um pedacinho da gente ali an Urca.

Sabemos que não é um “adeus”… E, de certa forma, somos gratos a Deus pelas despedidas; porque são momentos tão ternos de carinho que sentimo-nos abraçados por Deus. Agradeço a maneira que estas despedidas nos proporcionaram momentos tão preciosos com as crianças. Quando pudemos trabalhar a dor e o sofrimento, a importância de se passar por eles, mas a vitória de poder olhar para eles com ternura, amor e carinho, e ao mesmo tempo olhar para frente… para o que Deus ainda tem pra nós lá na frente… e nos maravilharmos ainda mais; porque podemos confiar em Suas promessas, quando nos diz que Seus planos são perfeitos e que Ele sempre quer o melhor para nós – mesmo que este melhor, para nós, na hora não faça sentido, ou não pareça nada bom!

Ficar na Urca estes 2,5 meses nos permitiu também conhecer melhor o currículo de homeschooling que adotamos para este ano (Sonlight), e nos desenvolver tanto nos conteúdos acadêmicos quanto nas questões espirituais. Quando, por exemplo, tivemos a incrível oportunidade de estudar sobre da vida de Pedro profundamente, trabalhando com um livro (Starting Strong) que faz parte do currículo. Foi ali também que pudemos devorar vários livros nas tardes de chuva, ou tempo feio… ou quando não estávamos atrás de um cinema (no RioSul – quintal de casa rs).

No Rio, pude passar tempo com meu primo e sua família. Mais tempo do que passamos juntos nos últimos quinze anos (como ele mesmo comentou). Pudemos estreitar os laços com a família estendida do meu irmão mais velho, encontrando-nos com seus sogros e cunhados, e com eles vivendo uma comunhão muito gostosa e desenvolvendo uma amizade que também levamos sempre conosco. Pudemos rever amigos da igreja que não víamos há anos… e não digo poucos anos… e sim uns 15, pelo menos… E nos encontrar com mais amigos da igreja que não víamos a bem menos tempo, mas que nem por isso são menos queridos!!! E foi lá que fizemos ainda mais amizades… dentro da igreja, fora, dentro do meio náutico, fora… etc… Foi lá que também pudemos visitar marcos incríveis como a Floresta da Tijuca, o Morro da Urca e o Pão de Açúcar, e o Corcovado e o Cristo Redentor.

Agora pára tudo e pensa como não podemos ser gratos a Deus pelo tempo que Ele nos concedeu… nos presenteou, lá no Rio?! Viu, não dá, né? É impossível!!! 🙂

#AmarSemFim /)/)


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Búzios!!! (Ou Rio?)

Sim, Rio!!!

Não… não era o Rio o nosso destino final – da perna Ilhabela (SP) > Búzios (RJ).

Rio sempre esteve entre as minhas paradas obrigatórias.

Rio não era bem o destino que o Ric tinha em mente… ou as crianças.

Infelizmente, pelas noticias que a mídia apresenta, meus filhos tinham medo de parar e conhecer o Rio de Janeiro… meu marido também.

Confesso que eu também tinha… tenho! Mas ainda assim… poxa vida… O Rio é o Rio, né? Não dá para simplesmente passar batido!!! Mas foi isso que foi decidido antes de planejarmos a perna, e assim seria… como comentariam muitos internautas “#SQN”!!!

Deus tinha planos distintos pra nós… para o Amar Sem Fim e para mais outras pessoas com as quais tivemos contato.

Pegamos chuva desde o inicio da viagem (saímos da Ilha as 7:45am do dia 30/01/15). Confesso que as primeiras horas foram tranquilas. Tempo fechado, quase sem vento… nosso tripulante até meio encafifado… poxa, não vamos velejar?! rsrsrs

Logo… passando Ubatuba, começamos a enfrentar leves chuvas e ventos mais significativos… As chuvas vinham e iam… leves a principio. Os ventos estavam  muito bons e estáveis… seguimos com as velas abertas… durante quase toda a viagem (com exceção das primeiras horas).

Seriam ao todo entre 30 e 34 horas de viagem entre Ilhabela e Buzios. Com 1/3 da viagem completo, estávamos na altura de Angra. Ali, as chuvas ainda estavam calmas… esparsas… O mar seguia normal. Na região da ponta da Joatinga, claro, estava meio chato. Mas nada que realmente perturbasse.

Pouco depois de Angra (aprox. 19:00 do mesmo dia),  as chuvas começaram a apertar. Eram mais negras (ainda era horário de verão…), mais carregadas, acompanhadas de muitos raios e trovões. O vento, de vez em quando, apertava um pouco… subia até uns 20, 22 knots… O mar seguia sem assustar… As velas seguiam abertas: genoa, mestra e mezena.

A noite chegou e seguimos bem. Do mesmo jeito. Chuvas mais fortes do que no começo, mais raios e trovões… mais rajadas… Vínhamos orçando desde que o vento começou, fraquinho, la em Ubatuba… de como o barco se posicionara (para chegarmos a Búzios) , ele soprava a 30º por boreste… variando um pouquinho… nos forçando a arribar algumas vezes pra que não adernasse muito, e para que também não saíssemos muito do rumo.

Lá em baixo, na cabine principal, deitei um pouco com as crianças. O amigo que nos acompanhava também se recolheu por um tempinho enquanto estava ainda no começo da noite.

Por volta da meia-noite, a coisa começou a apertar e subi para ver como estava tudo. As vezes temos a impressão errada, lá de baixo, dentro da cabine. As vezes parece melhor do que realmente está… e as vezes parece pior. Este não era nem um caso, nem outro. Parecia exatamente como estava… nem tão ruim… nem tão bom. Lembro-me de sugerir baixar as velas… seguir no motor… sentia adernar muito… orçava muito… A esta altura, se bem me lembro, já estávamos com a mestra baixada. Estavam somente a genoa e a mezena abertas.

Algumas coisas na sala caíram… muitas coisas caíram.

As crianças foram deitar na cabine delas, onde escorregavam menos, quando o barco adernava muito. Dormiram.

Por volta das 2:00am, decidi que já descansara o suficiente e subi para fazer companhia para o Ric. Sei que ele gosta de velejar a noite toda… só me delega as velas e o motor quando já está amanhecendo… mas gosto de lhe fazer companhia. Um papo as vezes distrai e faz o tempo passar. Não dava!!! Era muita chuva, muito vento, muito raio e muito trovão. A companhia ia ser apenas física… nada de papo. Mas ainda não estava assim tão ruim.

Acomodei-me em um lado do cockpit e, por algum motivo (que agora reconheço ter sido a mão de Deus), olhei para cima e para fora do barco. Acho que buscava a intensidade da chuva… as nuvens… Não sei. Vi que um lado da cruzeta do mastro principal trepidava. Que estranho. Pensei em falar pro Ric. Pensei que seria bobeira falar. Talvez ela trepidasse e eu é que nunca havia notado… Eu já havia comentado que talvez fosse bom baixar todas as velas. Que se o vento apertasse talvez não conseguíssemos baixa-las e tudo ficasse mais difícil. Mas ele estava muito tranquilo e seguro de como levava o AmarSemFm pelos mares da costa do Rio. Olhei para cima outra vez e a pá da cruzeta (que trepidava ha pouco) já não estava mais lá, e sim dependurada por um fio que resistia ainda ao seu peso… e balançava lá do alto… pra cima do meio do mastro. Neste momento alertei o Ric de que perdêramos uma cruzeta. Sem alarde, não queria assustá-lo. Ricardo observou, acionou-nos e recolhemos a genoa. A mezena permaneceu… estava difícil de baixá-la, por um lado; e por outro, era bom que permanecesse para dar-nos mais estabilidade.

O AmarSemFim navegava com firmeza. Cortando ondas mais altas (mas nem tanto), enfrentando os ventos (que beiraram 40 knots), as chuvas, os raios e trovões.

As chuvas, há tempos, deixaram de ser esparsas… e uma tempestade se juntava a outra, dando-nos quase nenhum tempo de intervalo… Ao final… já na altura do Recreio (RJ), entendemos que já não eram chuvas que se encontravam, mais uma tempestade só… O mar, curiosamente… igual sempre… durante toda a viagem. Com exceção de uma ou outra onde mais alta… que nos fazia adernar mais… Mas confesso que nada assustador. Na verdade, era assustador, sim, mas pelo simples fato de ser noite, e não conseguirmos ver muita coisa.

A esta altura, com a pá da cruzeta solta, balançando… já não sabia se era bom que ela caísse no mar de vez, ou que ela caísse no convés (depois que tiramos a outra pá, no dia seguinte, e me dei conta do seu peso, agradeci a Deus por ela ter caído na água do mar, direto, e se perdido. Nem imagino o dano maior que teria causado, se tivesse caído daquela altura, com seu peso, no convés do AmarSemFim).

Com tudo isso, o moral da tripulação (que ainda permanecia acordada), começou a ficar abalado.

Roupas molhadas (mesmo as impermeáveis), cabelos pingando, gotas e mais gotas escorrendo pelo rosto misturadas ao suor, raios (que iluminavam  noite, e com os quais eu contava para poder avaliar a altura do mar) e trovões, a chuva que entrava horizontalmente pelo cockpit… Era hora de contatar a marinha, informando a avaria e nossa ultima posição. Mas o rádio não funcionava. Não o nosso, mas o canal de acesso… o tal do 16… não funcionava. Ouvimos e nos comunicávamos em outros canais, mas o 16… nada! Por fim, decidimos chamar o iate clube do RJ pelo telefone. A esta altura (umas 3:00am mais ou menos), já tinhamos sinal 3G.

A viagem toda não nos afastamos muito da costa. Sempre ficamos entre 6 e 10 MN.

Agora estávamos a 8 MN. Previsão de mais 3 horas de viagem até o Rio… e um total de 13 ou 15 horas até Búzios. Estava tão cansada! E tinha a questão do moral… Até que o tripulante amigo nos sugeriu que parássemos no Rio, mesmo. Com a questão da avaria, seria mais prudente. Além de que seria mais fácil encontrar mão de obra e serviços especializados aqui no Rio mesmo, do que em Búzios. Decididos, seguimos adiante… na mesma direção, mas aterrando para entrar na baia de Guanabara, onde fica o iate club.

De frente para a Barra (ou já seria Ipanema?) passamos entre duas ilhas. Hj, ainda acho que foi uma decisão ousada (desculpe, amor… opa, comandante!). Contornar a ilha mais a leste, por fora, me parecia mais sensato, uma vez que nossa visibilidade estava reduzidíssima. Em um outro momento, havíamos quase chocado com uma embarcação pesqueira (sem radar ou identificação), que graças a Deus nos avistou. Pois quando conseguimos avistá-los, Ric me mandou ajudá-lo, emprestando-lhe meus olhos e minha visão). Coloquei a cabeça para fora do cockpit e gritei: Bombordo! Ele virou o timão para a esquerda, desviando um pouco mais da embarcação, que parecia já ter nos notado e também estava a fazer sua manobra. Foi perto e por pouco. Por isso é que começamos a ser agradecidos pelos raios que surgiam. Eles iluminavam a noite e nos ajudavam com a pouca visibilidade.

Passando entre as ilhas, como contava, fomos surpreendidos e nos assombramos com o tamanho da ilha que estava a nosso boreste. Imaginamos que, como navegávamos apenas por instrumentos – uma vez que nossa visibilidade era quase zero – se houvesse algum erro por mais simples que fosse, na carta de navegação, seria nosso fim! Graças a Deus pelas cartas náuticas, suas atualizações e seus atualizadores.

Apenas 2 horas… logo chegaremos. Confesso que foram muitos os momentos em que permaneci calma somente por ver a calma do nosso comandante. Depois de tudo passado, modéstia a parte, fui elogiada pelo nosso amigo tripulante e pelo meu capitão por ter mantido a calma. Mas, houve um momento ali, quando quase chocamos com a embarcação pesqueira, em que passei mal. Ricardo diz que enfim eu batizei o barco! Foi uma mistura de tudo… cansaço, receios, susto, moral baixo… debrucei para fora do cockpit e batizei o convés. Foi a primeira vez que passei mal dentro de uma embarcação… mas não me envergonho de confessar… Só eu sei o que senti naquela hora! 😉

Com os frequentes raios iluminado nossa noite e navegação, a tripulação toda de salva-vidas, abrigados dentro da cabine, a porta de acesso fechada, o iate club já ciente de nossa posição e de que estávamos a caminho, e Ricardo e eu de harness, acabei me encostando no cockpit e cochilei… com a roupa molhada, mesmo… de qualquer jeito… num cantinho. De vez em quando abria os olhos e esperava um raio me mostrar como estavam as ondas… outras vezes buscava o olhar do Ric que permanecia firme, decidido a levar o AmarSemFim até seu destino – que obviamente mudara.

Quanto mais perto da entrada da baia, mais o tempo ia melhorando. De longe, víamos as lindas praias iluminadas (as 4:00, 5:00am), víamos o Cristo aceso e o Pão de Açúcar… e nos aproximávamos.

Agora era apenas um chuvisco… já não víamos mais os raios… tampouco ouvíamos os trovões…

Algumas vezes pensei que já era hora de parar com “essa loucura”!

Vivendo em terra, jamais havia pensado que era hora de parar com “aquela loucura”!

Hoje, passado o momento… quero mais é continuar…

Entramos na baia de Guanabara e então tudo parou!

O mar se transformou em uma lagoa.

O céu dava sinais do amanhecer que apontava em pequenas e poucas aberturas azuis entre as nuvens.

O Cristo permanecia aceso… e assim ficaria por mais alguns minutos

Parar no iate club, depois da tormenta e do cansaço todo… poder olhar para os lados e ver o Cristo de braços abertos, o dia amanhecendo e o Pão de Açúcar do outro lado… deu-me uma sensação de abrigo, de segurança que só a Sua graça pode dar. Foi Ele quem nos dirigiu até aqui…até aqui nos guiou o Senhor… e é dEle, por Ele e pra Ele que seguimos dizendo: Eis-me aqui, envia-me a mim!

/)/) AmarSemFim /)/)


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De novembro/14 à janeiro/15 (resumão)

Cansei de esperar… Pronto, falei!!! rsrsrs

Desculpem-me os leitores e os que nos acompanham… Venho esperando um post sobre a perna de Itajaí (SC) a Cananéia (SP), mas todo o resto ficava pendente… esperando… Então, lanço a sugestão aos tripulantes daquela perna: se desejarem criar um post sobre como foi a viagem pra vocês, façam-no e enviem o a mim, para que o poste aqui e o compartilhe com os demais leitores… Todos e qualquer um dos tripulantes daquela pena pode contribuis (por favor – hehehe)

Sigo, então com as postagens sobre o fim de ano, sobre o começo do ano e sobre nossa chegada e estada no Rio de Janeiro.

Os meses de novembro, dezembro e janeiro, passamos no litoral norte de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. Muitos dias passamos em Ilhabela… outros tantos passamos em Angra… e mais alguns em Paraty e Ubatuba.

O fim do mês de novembro e começo de dezembro, passamos em Angra, com alguns amigos que nos cederam seu píer. Mas para chegar até lá, paramos em Paraty. Uma perna feita de noite com tripulantes que embarcaram em Ilhabela em busca de uma aventura de 10 horas (mais ou menos – até Paraty) a bordo do AmarSemFim (desfrutando da comida de um amigo velejador especialista em culinária a bordo). Depois da estada em Paraty, passeamos pela baia de de Angra e de Ilha Grande. Nossos amigos nos levaram a conhecer várias praias e ilhas, e fizemos passeios incríveis, como o de seguir uma trilha até uma cachoeira… deliciosa! Lá, pudemos também conhecer um pouco da cidade e visitar 2 igrejas. Uma delas nos acolheu muito bem e voltamos outras duas ou três vezes. Somos muito gratos aos amigos queridos que nos hospedaram tão bem, e que se dispuseram a levar-nos a lugares tão lindos durante nossa estada na região. Aproveitamos muito. E somos também muito gratos  Deus pela oportunidade que tivemos de conhecer a Igreja Batista Monte Gerizim (em Angra), e pela a acolhida dos irmãos de lá – recebam também nosso carinho e gratidão.

No começo de dezembro, celebramos nosso aniversário de casamento. Escolhi passar em Paraty. Foi muito bom. Sabíamos que em seguida, alguns amigos nossos lá do interior, viajariam pra Ilhabela e decidimos que seria bom, já que saíamos de Angra, já voltar pra Ilhabela, parando em Paraty para passar nossas bodas. Paraty é apaixonante e um dos lugares mais charmosos que já conheci.

Voltamos pra Ilhabela e passamos dias lindos na companhia de amigos queridos. Passeamos e fizemos com eles, uma perninha até a Ilha do Tamanduá. Lá, dormimos uma noite… Bom, “dormir” é modo de dizer. Estou segura de que todos deitaram na cama, mas certamente ninguém pregou os olhos por mais do que alguns minutos. Era muita chacoalheira… Mas a experiência valeu (né?).

Pouco depois, já pensando em seguir caminho a Angra e, depois, Rio, seguindo nosso destino de ida ao norte… sempre norte, resolvemos parar em Ubatuba pra ver mais alguns amigos – os quais não víamos há anos e que além de amigos queridos, são irmãos na fé, e foram padrinhos do nosso casamento! Que delicia e que privilégio passar este tempo com vcs. Obrigada, também, pela visita ao AmarSemFim! 🙂

Ufa… de volta as Ilhabela pra acertar alguns detalhes e nos prepararmos pra sair… quando a saúde do meu pai nos chamou a atenção e atraiu a visita de todos os filhos. Não podia ser diferente por aqui. Saí de Ilhabela, aproveitando que estávamos “pertinho” de SP, e subi. Fiquei uns dias lá, matei a saudades mais um pouquinho e voltei pra Ilha, me assegurando de que estavam todos bem. Bom, agora vamos, certo? Não!

Meu cunhado, sua esposa e as filhas passariam uns 20 dias na Ilha… não podíamos perder a oportunidade de velejar com eles, de passar tempo com eles, e de ver a interação das crianças com as primas. Foi um tempo muito gostoso e cheio de aventuras náuticas. Foi interessante também por outro detalhe. Como ficávamos ancorados no Perequê e meu cunhado ia sempre a Armação, tínhamos que fazer este trecho quase todos os dias. Não digo isso como uma obrigação, mas o fato de termos que fazer isso nos ensinou  muito. Houve um dia que o vento estava tão bom que conseguimos sair e voltar, ancorando e tudo, apenas com as velas… sem ligar o motor uma única vez! Não, sei… os velejadores “macacos velhos” que me perdoem, mas pra nós foi uma grande conquista. Estávamos mais entrosados. Com a gente mesmo, um com o outro e com o barco e as velas… foi muito legal.

Passamos tanto o Natal como a virada do ano na Armação… em família. Só nos 4! Nosso Natal foi encantador, simples, singelo… como deveria ser… como foi a mais de 2000 anos atrás! E nosso réveillon nos trouxe a oportunidade de estabelecer planos e metas, diante de Deus e de Sua palavra, para o ano de 2015. Seguindo uma tradição da minha casa, escolhemos versículos que nos seguirão por todos os dias deste ano… buscando sempre um caráter mais próximo ao de Cristo.

Passando meu aniversário no começo do ano, um pouco depois, Ric precisou subir até Sorocaba para ver seu olho (que tem a córnea transplantada). Foi uma aventura a sua subida e descida, mas deu tudo certo. Está tudo perfeito com seus olhos!

Prontos para sair!?! Uffffa… Mas ainda não!!!!

Descobrimos que precisávamos resolver algumas pendências burocráticas e médicas. Voltamos para mais uns dias em Vinhedo (e uma tarde em SP). Resolvemos as questões burocráticas e médicas por lá… e descemos já planejando, finalmente, a próxima viagem.

Agora sim… zarpamos!!! Mas sem antes voltar a ver mais queridos amigos que passaram alguns dias na Ilha e com os quais passamos algumas horinhas… muito gostosas e em muito boa companhia. A amizade de vocês e o amor de Cristo que nos une, nos comove e constrange! Enfim, saímos da Ilha no dia 30/02/2015 as 7:45 da manhã. Na companhia de um novo tripulante. Alguns dias antes de zarparmos, tivemos a alegria de conhecer uma pessoa que nos acompanharia durante nossa viagem até Búzios… mal sabíamos ainda, o que nos reservava nosso Deus Pai… e que a viagem teria de ser mais curta… mas muito mais proveitosa e cheia de surpresas (que são nada mais do que presentes de Deus em nossas vidas)…

Logo mais no próximo post: “Búzios!!! (Ou Rio?)”

/)/) #AmarSemFim

 


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Balsa Salva-Vidas

Um dia, um Fabricante de barcos resolveu construir uma grande nave. Seria um barco magnífico, com todas as melhores tecnologias. Seria autossustentável, e poderia ter uma enorme tripulação. A tecnologia seria de tal maneira utilizada, que, na verdade, a tripulação não teria que fazer quase nada, e as viagens seriam pura curtição. A construção seria robusta e segura, tornando o barco indestrutível, desde que fossem seguidas as instruções do Fabricante.

Depois de um determinado tempo, a embarcação ficou pronta, e o Fabricante escolheu o skipper, e mostrou todas as maravilhas a bordo. Demonstrou o funcionamento de cada  sistema e certificou-se de que as instruções eram entendidas pelo skipper. Maravilhado com todos os sistemas a bordo, o novo comandante formou uma tripulação mista, onde havia de tudo. Não era necessário ter experiência em navegação, já que a viagem seria tranquila, e curtir os lugares e paisagens seria a principal atividade a bordo. A tripulação era numerosa, mas todos tinham seus aposentos e lugares para descansar, comer, brincar, olhar o mar, enfim, viver !!!

O Fabricante estava feliz, pois tinha arranjado uma ótima tripulação e tinha absoluta confiança no barco que havia construído. Entretanto, alertou ao skipper que não usasse a nave para navegar pelo Triângulo das Bermudas, pois, apesar de toda tecnologia a bordo, tinha receio quanto aos recentes incidentes ocorridos na região. O skipper ouviu a restrição, mas logo pensou que era um exagero.

E soltaram as amarras. A máquina era maravilhosa, funcionava perfeitamente. Os sistemas de água e esgoto eram absolutamente eficientes, e a tripulação simplesmente vivia a vida. Visitavam lugares maravilhosos, viam animais enormes e variados. Tinham comida a bordo de primeira qualidade, ar condicionado em todos os ambientes, água em abundância, frutas de todos os tipos. A tripulação também era incrível. Todos se ajudavam, uns ensinavam sobre as maravilhas que presenciavam, outros cuidavam das máquinas, e viviam uma grande festa a bordo. Cada refeição era partilhada, todos comiam juntos e sempre eram ouvidos risos e histórias do mar. Até aquele momento, não haviam enfrentado nenhuma tempestade.

Depois de algum tempo, com tudo transcorrendo muito bem a bordo, a nave iniciou uma viagem próxima ao Triângulo das Bermudas. Até aquele momento a comunicação com o Fabricante do barco era total. As comunicações a bordo atendiam em tempo real, e o Fabricante era presença marcante a bordo. Podiam conversar com Ele a qualquer momento pelos comunicadores. E todos os tripulantes adoravam ouvir as histórias do Fabricante. Eram histórias incríveis, de mares e barcos, coisas que todos adoravam a bordo.

Então o skipper resolveu deixar de lado as instruções do Fabricante, e adentrou o Triângulo das Bermudas. Afinal, depois de todo o tempo a bordo, nada de errado havia com a nave, e ele achava um exagero que as lendas sobre a região fossem afetar algo no barco. Algum tempo depois, o Fabricante chamou o comandante pelo rádio, e perguntou onde estavam. O skipper passou as coordenadas e o Fabricante concluiu que eles estavam no Triângulo.

Mal acabou de informar sua posição, e ouviu um grande estrondo a bordo. Todos estranharam, pois nunca haviam ouvido nada parecido. O barco havia colidido com um container que boiava, provavelmente desembarcado de algum navio que cruzava a região. Os alarmes a bordo começaram a soar, e na sala de comando observou-se que o barco fazia água. E a água salgada já havia invadido a cozinha e os tanques de água doce. Depois de muito trabalho, alguns membros da tripulação conseguiram estancar o vazamento de agua, e colocaram bombas para esgotar a agua que havia embarcado. O saldo foi a perda de muita comida e água doce, que ficaram imprestáveis. Alguns membros da tripulação começaram a discutir entre si, pois a atitude do comandante era inadmissível. Todos sabiam que era uma instrução do Fabricante não entrar no Triângulo. Mas quem reclamou sabia que iriam tomar aquele rumo, e a discussão sobre o tema parou por ali. Bem, de qualquer maneira ninguém havia morrido, e ainda tinham alguma comida e água.

Tentaram contato com o Fabricante, para informar a avaria, mas as comunicações na região eram péssimas e não conseguiram. Ocorreu então uma tempestade que nunca tinham visto. O barco balançava, subia e descia ondas. O vento uivava, e o convés era varrido pelas ondas. Todos a bordo estavam com muito medo. O barco começou a fazer água de novo, pois o remendo que fizeram não aguentou a tempestade, e começou a vazar. Agora tinham que tirar a agua com baldes, pois as bombas falhavam. A energia a bordo começou a ficar fraca, pois as baterias entraram em curto circuito e descarregaram totalmente. O skipper não sabia mais como agir, e um motim a bordo se formou. Agora os tripulantes ficaram divididos em grupos distintos, que trocavam insultos e partiam para violência física. A comida e a água passaram a ser racionadas e tudo já estava meio estragado. Todos sabiam que o naufrágio era questão de tempo e ninguém tinha solução para os problemas a bordo. O skipper tentava contato com o Fabricante, sem sucesso. E navegava para fora do Triângulo, embora várias tormentas e ventos contrários o empurrassem cada vez mais para o inferno.

Então, quando não mais viam solução para os problemas a bordo e apenas aguardavam a morte, se depararam com uma caixa de plástico, coberta com uma lona azul marinho, e um cabo de segurança. Era a Balsa Salva Vidas, equipamento de salvamento e sobrevivência que os grandes barcos de cruzeiro devem ter a bordo. A Balsa estava intacta, a despeito das intempéries a bordo, que quebraram tudo. A bordo do barco não havia mais comida, nem um mísero pedaço de pão, nem água, e a escuridão era completa, somente quebrada pelos raios das tempestades. Não havia energia e a água do mar invadia o casco em vários lugares.

Vendo que a Balsa era a única salvação da tripulação, o skipper declarou o barco como irrecuperável, e determinou que todos entrassem na Balsa. Logicamente que todos os tripulantes estavam desconfiados, pois estavam naquelas condições justamente por ações do skipper. Alguns concordaram, mas muitos decidiram permanecer a bordo, ainda que no escuro, sem comida e sem água. Aqueles que se acomodaram na Balsa, perceberam que o Fabricante havia providenciado agua, comida, lanternas e rádio comunicador, além de instruções seguras de como sair do Triângulo. E começaram a mostrar as novas condições aos que resolveram ficar no barco.

Depois de algum tempo, o barco finalmente naufragou, e vários tripulantes morreram. Os que resolveram entrar na Balsa, passaram por várias tempestades e tormentas, mas a comida, a água e principalmente as instruções do Fabricante, os levaram a sair do Triângulo, e encontraram praias tranquilas, comida, água e luz.

Mais do que tudo, encontraram o próprio Fabricante, e este prometeu construir um novo Barco, que desta vez seria conduzido por Ele mesmo, e todos se lembraram de como era a boa vida a bordo.

 

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Ontem levei a balsa salva vidas do veleiro AmarSemFim para reparar. Visitei um lugar onde vendem, reformam e constroem esses equipamentos de segurança. Dentro dessas balsas há ração humana, água, equipamentos de pesca, primeiros socorros, remédios, sinalizadores, facas, remos, e um EPIRB, que informa a localização da balsa.

A balsa do veleiro AmarSemFim precisa ser periodicamente revisada, pois a comida, bebida e tudo que há nela perde a validade e torna-se impróprio para o consumo.

A Balsa do AmarSemFim é definitiva. Nunca perde a validade, nunca se torna imprópria.

O veleiro AmarSemFim pode naufragar. É uma obra humana. Pode colidir com uma pedra e ir ao fundo. A balsa salva vidas serve para justamente socorrê-lo em uma situação de emergência.

A nave Terra está condenada. Não há água, não há comida, não há esperança. A energia vai se esgotando rapidamente. Na Balsa há tudo. Não será fácil abandonar o barco. Não será fácil entrar na Balsa. Mas não há alternativa. A Balsa é a única salvação.


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“FÉRIAS” – Outubro 2014 com a família, em terra!

Depois dos dias lindos e em muito boa companhia que passamos em Itajaí (SC), rapidamente, depois de muito pensar (e pouco agir, infelizmente) conseguimos organizar uma estada em terra, com a família. Em breve, seria aniversário da minha sogra, e esta foi uma das principais razões que nos levou a fazer a loucura de alugar um carro e viajar de Itajaí a Valinhos (passando por Registro, onde mora meu irmão). Loucura, porque na atual situação, arcar com o aluguel do carro, gasolina etc, fugia um pouco (ou melhor, bastante) do nosso orçamento. Mas, além de uma destas principais razões, havia outras. Eu fui tia 2 vezes este ano. Perdi o nascimento da filha (Duda) da minha irmã, em junho, e da filha (Manu) do meu irmão, em agosto… e estávamos há cerca de quase 2 anos longe de “casa”. 

A palavra “casa” tem um significado diferente pra nós, hoje. Temos nossa “casa-barco” que faz o papel da nossa casa “fixa” (fixa, no sentido de que é sempre ali que estamos, mas ela, na verdade, é móvel, duh!!!); temos nossa “casa”, que é nossa “família” e a comunhão que desfrutamos quando nos reunimos; temos nossa “casa” (“igreja”) onde sentimos a mais agradável e perfeita comunhão debaixo da presença quase paupável do nosso Criador, Redentor e Senhor Jesus; e por fim, temos a “casa-eterna”, da qual em breve faremos parte, porque, convenhamos, nossa estada “aqui” não é nada senão “temporária”, não é mesmo?

Enfim, calculando preços, gastos, investimentos, e tudo o mais, percebemos que deixar a nossa mascotinha, Jolie, em uma hotelzinho para cães seria, além de cruel (1 mês longe), também extremamente caro… se junto com isso ainda pagássemos as passagens de ônibus para nós quatro, chegaríamos ao valor do aluguel do carro… que por sua vez, nos permitiria viajar com a Jolie e com mais conforto. Nos permitiria parar em Registro para visitar meu irmão e ver sua família que crescera há pouco… Foi o melhor que pudemos fazer para desfrutar um pouco de cada ladinho das famílias e matar um pouquinho da saudade que há tempo nos matava. MAS, a correria para a partida, infelizmente, não nos permitiu arrumar a “casa” antes de sairmos, e quando o Ric finalmente voltou a Itajaí depois deste 1 mês fora, a cabine era um caos! Deixemos isso para mais para frente… ou podemos até nem falar disso… (acho que vou por este caminho, mesmo – rsrs). A questão é que Ric e nós sairíamos por 1 mês em terra e depois apenas ele, Ric, voltaria a Itajaí com um de seus irmãos, irmãos na fé e amigos para uma experiência de vela que os levaria de Itajaí a Ilhabela (nosso “porto” ou “sede”) – com uma parada (meio que necessária) na Ilha do Bom Abrigo… que fica para um próximo post – com a autoria do Ric.

Saímos em direção a Registro – SP no comecinho do mês de outubro, de carro. A viagem foi muito boa e tranquila, pelo que somos imensamente gratos a Deus. Com eles, pudemos passar uns 3 dias… curtindo a companhia do meu irmão e da minha cunhada, da pequena Ana Sofia e da recém-chegada, Manuela. Foi um tempo muito bom. Diria maravilhoso, para ser realmente sincera. Estava no ambiente onde a família do meu irmão está em casa e mais a vontade… é o “canto”  deles… e poder compartilhar disto foi lindo e me fez muito bem, e com certeza às crianças também. Mas digo mais isso por causa das conversas, da união, dos desabafos, das confissões, das lágrimas (estes detalhes ficam apenas nas nossas mentes, cunhada! É privilégio nosso poder ter compartilhado momentos tão importantes juntas – te amo, irmãzinha!), das orações, e pela gratidão de ver, ali, Deus tão presente. Que família abençoada e linda eles formam debaixo da graça de Jesus. Obrigada, meu Deus, por dar a cada um ali a oportunidade de Te conhecer e desfrutar da Tua presença, Teu amor e Tua graça.
(continuação depois das fotos)


Logo, saímos em direção à Valinhos. Era a vez de ver os aniversariantes do mês e sua família (meu cunhado também aniversaria no mesmo dia que minha sogra)!!! Chegamos bem em Vinhedo, e em seguida Ric já foi devolver o carro em Valinhos. Em Vinhedo, ficamos muito bem hospedados na casa da minha sogra… por mais de 15 dias, pelo que também somos muitíssimos gratos. Que gostoso foi poder passar este tempo com eles. Claro que, sendo Vinhedo a nossa última moradia, tínhamos também várias outras coisas a fazer e diversas outras pessoas também para ver. (Confissão: não foi fácil para mim passar por São Paulo e não entrar para ver minha família. Além disso, não imagino a cabeça dos meus pais, em saber que estávamos ali do lado, e que, porém, seguiríamos sem parar… Mas em Cristo, tenho a certeza de que Ele supriu isso tanto no meu coração quanto no coração deles.) Em Vinhedo tivemos a oportunidade de celebrar a família, rever grandes amigos que fazem parte de nós e de quem somos hoje. Sou grata a Deus por cada momento vivido em Vinhedo antes de nos mudarmos dali, e pelos que vivemos durante estes 15 dias. Além disso, Deus me permitiu conhecer o PG (pequeno grupo de comunhão) dos adolescentes (do qual Juca participou), o PG da noite de sexta-feira, do qual participam pessoas amadas como nosso cunhado e cunhada, e outros casais com os quais nos relacionávamos antes… Lá pudemos rever irmãos amados e queridos e conhecer pessoas dos mais variados estilos. Ainda, pude frequentar por 3 sextas-feiras seguidas, o PG da Dani. Este PG é só das meninas – parece o club da Luluzinha. Nele, pude aprender mais da Palavra e tive a oportunidade de me alegrar e chorar também com a história da cada uma… Sou imensamente grata, ainda, pelo especial encontro que tivemos, já na segunda metade de Outubro – que me fez voltar de SP só para poder dedicar ao Senhor alguns preciosos minutos da minha vida (que é dEle), compartilhando com este mesmo PG a história que Deus tem escrito em nossas vidas, enquanto vivemos no AmarSemFim. Como foi especial! Ainda em Vinhedo, pudemos participar do curso “As seis metáforas de um casamento feliz”, ministrado pelo Pastor Charles McCord (que conhecemos há anos, fez meu batismo ainda quando criança e nosso casamento). Como foi edificante!

Da nossa estada em Vinhedo, muitas coisas levamos no coração além do que já comentei: os cafés, almoços, lanches e bate-papos com amigos, recém conhecidos, irmãos e família; lamentamos apenas a oportunidade que nos faltou de poder compartilhar da graça e amor de Deus com o corpo de Cristo do qual somos parte e que se reune aos domingos. Mas Deus tinha algo mais pra nós… um pouco mais adiante no calendário que nos ocupou e que Ele usou para preencher, de certa forma, esta lacuna. Também somos gratos pelas oportunidades que Deus nos deu de trabalhar os relacionamentos das crianças também. Sei que para o Juca, a saída de Vinhedo foi dolorida e mais difícil (assim como foi pra mim!). Sei, também, quantas vezes nos abraçamos chorando a falta que nossos amigos faziam (e fazem!). Ouvir meu filho dizer pra mim (depois de encontrar com seus amigos mais chegados, depois de quase 2 anos): “Mãe, foi como se eu nem tivesse ido embora!!!” encheu meu coração de paz e alegria. Deus no controle, sempre… agindo, cuidando e trabalhando… sem nem mesmo nos darmos conta.

Deixamos Vinhedo cheios de gratidão… a Deus pela Sua graça e pelo trabalho que nos permitiu fazer para a Sua honra e glória; e a família, que nos hospedou, nos emprestou carro, nos ajudou em tudo que precisamos durante nossa estada lá. E aos amigos e irmão (antigos e novos) que nos acolheram com tanto carinho, amor e compreensão. Mas já era hora de partir. Mais para frente no calendário descobriríamos que veríamos ainda outras vezes casais de amigos e irmãos, e que podemos voltar a ver a família ainda outras vezes, querendo Deus e permitindo Ele que possamos compartilhar do Seu amor assim o fazendo.
(continuação depois das fotos)

Chegamos a SP. Aquela SP que me dá náuseas só de imaginar seu trânsito; que nos mata de estresse… essa SP que também tem sido a cidade dos meus pais há anos, e dos meus outros irmãos também. Fomos muito bem acolhidos e recebidos pelos meus pais, pudemos passar tempo com eles e tivemos o privilégio de conhecer e visitar igrejas em sua companhia. Uma delas foi a Calvary (antiga Metropolitan Church de SP), onde participamos de um maravilhoso encontro de missões, uma escola dominical incomparável, e de um culto de celebração da ceia do Senhor. Foi muito gostoso poder estar novamente em uma igreja “americana”! Nos deu saudades do tempo que passamos em Orlando com amigos queridos da First Baptist Orlando (igreja de lá). As crianças também amaram! Ainda em SP, visitamos a Igreja Batista Memorial Alphaville (do Sidney Costa… e onde também pastoreia os Pastores Charles McCord e Fernando Barcelos), e lá, tivemos a especial e maravilhosa oportunidade de compartilhar do que o Senhor tem feito em nossas vidas a bordo do AmarSemFim durante o “Sunday Service” (culto em inglês, ministrado aos domingos a tarde) e durante o culto da noite. Pudemos, em um dos domingos que ali congregamos, ter uma conversa muito edificante com o Sidney, e passar mais tempo junto da família McCord em um almoço de domingo. Foram momentos muito especiais nos quais pudemos sentir o mover do Espirito Santo, pudemos derramar nossas vidas diante do Senhor mais uma vez, e receber as bençãos que Ele tinha e tem pra nós. O mesmo sentimos na igreja Ministério Alfa e Omega (dos pastores Haroldo Maranhão e Fúlvia). Aliás, diga-se de passagem, o que sentimos ali foi incomparável. Ric pôde compartilhar muitas bênçãos, e a oração final pareceu nos levar ainda para mais perto do Senhor. Somos tão gratos a Deus pelas oportunidades de compartilharmos nossa vida e também aprender tantas coisas!!! Mas já estava chegando ao fim… estava, em breve, chegando a hora de ir embora.

No comecinho de novembro, Ric e sua tripulação se preparavam para a saída de Itajaí (à Ilhabela). Logo me despedi dele (que seguiu junto com seu irmão a Itajaí), para que pudesse seguir viagem e trazer nossa casa… para nossa sede (o AmarSemFim para Ilhabela). Fiquei com as crianças ainda mais uns dias, com meus pais e meu irmão. Mas depois… despedida!!! Muitas fotos, muitas lágrimas, mais ainda beijos e abraços apertados. Ciao queridos; até breve!

O próximo post vem do Ric, sobre a saga de Itajaí – Ilhabela! E em seguida, o mês de novembro em Angra e Dezembro na Ilha. Espero que tenham desfrutado da leitura! :))

#AmarSemFim |)|)


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Itajaí – final de setembro e comecinho de outubro 2014

Que medo de esquecer tudo o que aconteceu nos últimos meses, pelo simples fato de não ter conseguido bom uso da internet e não ter podido postar quase nada sobre nossa chagada e estada em Itajaí (tão esperada), nosso tempo em terra e nosso retorno ao AmarSemFim.

Então decidi que vou escrevendo mesmo, conforme vem a inspiração (e o medo de esquecer, pular alguma coisa, ou deixar algo passar) e assim que conseguir rede, vou postando aos poucos.

Chegar em Itajaí muito bom. Já vínhamos mal acostumados, na verdade, pois tanto em Rio Grande como em Florianópolis sempre houve alguém que nos recebesse com muito amor e carinho, algum irmão, alguma amigo, que nos visitasse, que passasse tempo conosco; enfim, Itajaí não podia ser diferente.

Fazia quase 1 ano que não víamos nossos queridos amigos, os Copello. Uma amizade muito curiosa, por sinal, e sem dúvida dirigida e cultivada pelo amor que compartilhamos em Cristo. Conhecemos os Copello quando já estávamos em Florianópolis com o Cruzeiro Costa Sul (CCS – da ABVC em março de 2013). De acordo com o cronograma do Cruzeiro, teríamos uma parada em Itajaí com os veleiros, e uma recepção bem legal e organizada, onde conheceríamos o projeto ANI (Associação Nautica Itajaí) e o trabalho que vinham fazendo com as crianças e a vela! Mas, esta parada não aconteceu por motivos climáticos (pelo que pude entender). Florianópolis, até então, até aquele momento, era onde estávamos, era nosso destino final. Ficaríamos uns meses por lá, talvez, e voltaríamos em Julho (2013) para Ilhabela – cidade que consideramos nossa cede. Mal sabíamos que Deus já vinha preparando trincos e maçanetas de portas que seriam abertas em breve, para nossa ida e estada na Argentina.

Enfim, por não termos conseguido parar com os veleiros em Itajaí, e por termos ido direto a Florianópolis, acabamos por fazer uma visita de ônibus a Itajaí. Lá, tivemos a oportunidade de conhecer o projeto ANI e ver todo o trabalho que tem feito na cidade e com os “pequenos cidadãos” (para conhecer melhor o projeto ANI, clique aqui!). O projeto era na época dirigido pelo Claudio Copello (e segue sendo até hoje, mas agora com a presença essencial da Monica – esposa), pessoa muito querida, que pudemos conhecer brevemente em um almoço onde juntamos a equipe da ANI e os velejadores do CCS. Entre a visita a ANI e suas instalações, o vídeo apresentado sobre o projeto e o almoço, pudemos também conhecer os demais membros da família Copello – tão envolvidos com a ANI quanto o Claudio, uma vez que a família toda abraçou o projeto com tanto amor. Foram breves os minutos que tivemos par conhecer Monica, Carol e Pepê, mas houve uma identificação imediata. Foi muito bom poder conversar com a Monica e ver que tínhamos (e seguimos tendo) coisas tão em comum, sonhos semelhantes, e uma família estruturada – que compartilha da nossa busca e vontade de Amar (João 15:12 e 13 – “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como EU vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”). Infelizmente, no entanto, foi breve… e passou… acabou. Uns dias mais para frente, recebemos a visita carinhosa do Claudio e da Monica lá em Florianópolis, quando, mesmo sendo dia de faxina e de lavar roupa, os convidamos para conhecer o barco!

Em dezembro do mesmo ano, quando já estávamos bem instalados na Argentina havia uns 8 meses, ficamos sabendo que havia sido planejado um programa de intercâmbio náutico, do qual participariam adolescente de 12 a 16 anos, do Brasil, da Argentina e do Uruguai. O grupo brasileiro que participaria do programa era, justamente, o grupo da ANI. Neste programa de intercâmbio, a ideia era que os adolescentes ficassem hospedados nas casas dos participantes argentinos, para que pudesse também haver uma interação cultural. Mas e quanto aos organizadores? Ah, estes, tivemos nós o privilégio de hospedar. Dessa forma, meio sem saber muita coisa sobre como era o programa e qual seria nossa função ao hospeda-los, Ricardo decidiu comunicar ao grupo argentino – que intermediava os contatos – que nosso veleiro estaria a disposição do casal Copello – os organizadores – durante o tempo que durasse o programa. Mas a sensação de como tudo aconteceria ainda era uma incógnita para nós – e para eles também.

Chegou dezembro (2013) e já vínhamos nos preparando para hospedá-los. Queríamos recebê-los com o maior carinho possível e fazer com que se sentissem bem a vontade e em casa. E acho que conseguimos. Passamos dias maravilhosos com eles, acompanhando-os onde desejavam ir, acompanhando as premiações das regatas dos adolescentes, e dando a eles todo o suporte que pudéssemos dar naquilo que precisassem. Para nós, foi uma alegria poder servir a família Copello durante aqueles dias. Pudemos compartilhar mais ainda do nosso modo de vida e eles do deles, tivemos a chance de nos conhecer melhor e de nos tornar grandes amigos. As crianças também se identificaram e dali demos continuidade a uma amizade que começou, bem suavemente, lá em Itajaí, 8 meses antes, e que levaremos para a eternidade.

Portanto… a volta e parada em Itajaí era muito, mas realmente muito esperada e desejada. Queríamos muitos rever e reencontrar a família Copello e com eles passar dias lindos e agradáveis em Itajaí. E foi assim que Deus já tinha preparado tudo.

Chegamos, passando e entrando pela barra de Itajaí – agitada, movimentada – e o fizemos com bastante cautela. Quando estávamos chegando com o barco onde ficaríamos – no píer da ANI, com todos os privilégios que nos ofereceram – encontramos com o Dudu (Zanella – do veleiro Amazonas III). Dudu nos ajudou muito na hora de amarrar o AmarSemFim, uma vez que os ventos nos empurravam na direção dos outros veleiros ali amarrados. E no meio das manobras, ouvimos buzinas. Buzinas que vinham do estacionamento e de um carro que havia acabado de chegar – no qual estavam, nada mais nada menos, que a Monica, a Carol e o Pepê!!! Aliás, graças a Deus pela chegada deles, porque também nos ajudaram com o amarrar das defensas e com o puxar dos cabos, junto com o Dudu. Depois dos abraços, beijos e lágrimas de alegria ao nos reencontrarmos, e depois de algumas horinhas para arrumarmos a “bagunça” da viagem (junto com o Pepê dentro do AmarSemFim), fomos oficialmente recebidos com muito amor no veleiro Amazonas III para um jantar preparado pela Monica, quando compartilhamos da presença dela, das crianças Copello e do anfitrião Dudu Zanella.

Logo mais, alguns dias a frente, o Claudio chegou a Itajaí e pudemos passar por vários momentos juntos em família com os queridos amigos. Foram passeios no Amazonas III, churrascos, jantares (o das meninas da ANI foi um momento divertido e muito querido), passeios, palestras, encontros etc. Em um dado dia, Ricardo saiu com o Claudio, o querido irmão de um amado amigo do Ric (o Yuri) – o Zé, que veio nos ver desde Floripa – e com dois ou três outros amigos do Claudio para fizer um passeio até Porto Belo e Cachadaço. Voltaram felizes e realizados… tendo aproveitado um dia muito gostoso na presença de amigos assim tão especiais. Tudo isso aparece nas fotos que seguem logo abaixo.

Também em Itajaí, tivemos o privilégio de conhecer a Primeira Igreja Presbiteriana de Itajaí. Ao conhece-la e a alguns de seus membros, em um dado momento, fomos convidados a testemunhar do que Deus tem feito em nossas vidas nestes últimos 2 anos com uma casa (Pro-Vida – um lar sustentado pela igreja Presbiteriana), que abriga por volta de 35 pessoas soro-positivas e que lutam contra as drogas. Conhecemos e abraçamos pessoas lindas e queridas, que procuram se livrar de um mal terrível – a dependência química. Diariamente, o “Tio Luiz” se encontra com o grupo, e algumas vezes leva alguém para lhes falar. Alguém que tenha uma palavra de Amor, Fé e Esperança. Foi lindo poder compartilhar nossas vidas com eles, e o tempo gasto em seguida colhendo junto com eles de sua horta, aprendendo sobre os cuidados necessários para se manter um galinheiro e uma granja, entre outras coisas. Neste momento livre, as crianças trouxeram alegria ao espaço, e nós pudemos, tomando café, conhecer mais da história de vida de algumas das pessoas que ali estavam. Pessoas batalhadoras, corajosas, e que buscam se aproximar de Deus, ou ter um encontro verdadeiro com Ele.

Outra curiosidade que aconteceu por lá foi o contato com a mídia. Mais ou menos como aconteceu em Rio Grande, acabamos sendo contatados por repórteres fotográficos, náuticos e do Diarinho, que buscavam uma história diferente, curiosa e que estivesse passando ali em Itajaí, para compartilhar com a população através da mídia televisiva, impressa e virtual. Uma das entrevistas ainda não sabemos se foi ao ar no blog do nosso amigo. Outra, acabamos ficando sem saber quando televisionou e ainda precisamos contata-los para ver se conseguimos algum link que nos leve a ver o que foi ao ar (desta, eu não participei, nem as crianças, porque ela não foi agendada e, por isso nem estávamos lá no momento em que abordaram o Ric), mas uma, impressa, e outra chamada para a noticia em vídeo, conseguimos ver como ficou e transmito também abaixo, junto com as fotos.

Aliás, no blog, pretendo abrir um link onde possa concentrar todas as entrevistas já dadas, para qualquer tipo de mídia, assim ficaria mais fácil de procurar por elas. Mas para isso, vou precisar de internet boa!!! Então isso fica para um pouco mais para frente! 😉

Itajaí, foi pra nós, um momento de agradecer a Deus pelos seus caminhos que, por mais que não entendamos ou não conheçamos, nos levam sempre a desfrutar de um plano que jamais pode ser frustrado e que seguramente é para nosso bem, e que nos mostra o quão inigualável Seu amor e graça são, nos amando de uma maneira infinitamente mais e melhor do que jamais pedimos ou pensamos.

Itajaí representou também uma volta a terra, de certa forma, porque foi dali que partimos – toda a tripulação, no inicio de outubro – para poder passar aproximadamente 1 mês em terra, visitando e revendo familiares, irmãos na fé e amigos – que fica para o próximo post.

Link da reportagem do Diarinho ==> clique aqui!

*Amar Sem Fim – video noticia

Fotos da estada:

 


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Florianópolis Set. 2014

Chegar em Florianópolis depois das 52 horas de viagem, passando pelo mar que passamos, pelos ventos e pela ressaca… além da entrada pelo Canal Sul da Ilha de Santa Catarina, foi como um bálsamo.

O resto do dia no qual chegamos aproveitamos para descansar mesmo. Ancoramos em Naufragados as 15:30, e demos uma breve ordem no barco. Depois de comermos alguma coisa e de um bom banho, Ric acabou dormindo direto até o dia seguinte. Eu ainda fiquei um pouco com as crianças mas também cedi ao sono, orientando-os a deitar assim que o filme escolhido acabasse. Então, ali mesmo já fizemos nossas orações e nos despedimos com “boa-noite”.

A intenção era ir para o centro de Floripa já no dia seguinte e ficar no Iate Clube de Santa Catarina, mas a vontade de ficar mais um pouco naquele lugar isolado foi maior e acabamos passando mais um dia ali. Descansando e curtindo o mar, o sol… Pegamos o bote e fomos em direção à uma família de golfinhos que estava relativamente próxima, dentro do canal, ali mesmo no Sul da Ilha. Depois, fomos com as crianças a uma prainha de uma vila de pescadores, onde eles brincaram muito e mataram a saudade do mar e das ondas.

Voltamos, e Ric saiu pra pescar e mergulhar, mas voltou sem nada. 😦

Terça-feira – dia de ir para o centro de Floripa, no Iate Club de Santa Catarina. Chegamos super bem, passeio curtinho e rápido, porém com muito vento. Amarramos, e fomos conhecer o clube. Descobrimos que o veleiro Iracema (do Bernard, junto com o Daniel, amigo argentino que veio com ele) – que estava conosco em Rio Grande, também estava amarrado ali, ao nosso lado e foi bem gostoso passar estes dias com eles por ali. Recebemos a visita de vários conhecidos de FB e amigos também, entre eles o Luiz e a Mauriane – do catamaran Cascalho; o Sr. Zanella e o Eduardo – do veleiro Guga Buy; o Beto e a Alicia – do veleiro Pangeia (que foi conosco até o Norte da Ilha, depois); a amiga e irmã de fé, Priscila; e a Luciana com seu filho, Peter.

Logo de cara já marcamos de conhecer os queridos Luiz e Mauriane e nos ecnontramos no Shopping Beiramar… passamos uma tarde muito gostosa conversando e conhecendo-os melhor. Foi muito bom! Depois, Ric se envolveu com uns ajustes de mecânica do veleiro de um amigo, e as crianças e eu resolvemos ir ao shopping, mais uma vez. Fiz um agradinho para eles e comprei uns livros que queria muito ler. Também nos divertimos, mas estava chegando a hora de partir e ainda havia mta gente que não tínhamos visto. O Beto apareceu por lá uma manhã e acabamos combinando de conhecermos melhor (juntar família, esposas, filhos – o que foi acontecer lá no norte, já no Jurerê). Escrevi para a Pri e combinamos que ela almoçaria conosco, antes que partíssemos e perdêssemos a chance de conversar. É sempre bom recebê-la a bordo, mas pelo tempo justinho, acabamos não conseguindo ver o resto da família. E em seguida recebemos a visita da Lu com o filho, que depois acabou nos levando à sua casa para uma deliciosa pizza – onde também tivemos a oportunidade de conhecer o Guilherme, a Veronica e seu filho Mathias. Foi uma tarde e noite especial e encantadora. Agradecemos muito o carinho em nos receber dessa maneira.

Um pouco antes, quando nossos planos já eram ir direto para Itajaí, ainda tivemos o prazer de receber chocolates e flores do querido S. Bernard – do veleiro Iracema. O chocolate já acabou, claro, e a flor segue decorando minha sala! Uma gentileza que não esquecerei e que me faz muito agradecida! 🙂

Com a chegada do Eduardo Zanella no dia em que partiríamos, nossos planos mudaram. Ele nos alertou que a entrada da barra de Itajaí, naquele dia (sábado), não estava muito boa e sugeriu seguirmos para o Jurerê. Neste meio tempo, o Beto trouxe a esposa, Alicia, e nós tivemos o prazer de conhecê-la, conversar um pouco, conhecer o veleiro deles, e eles o nosso… uma manhã bem gostosa, embora houvesse um pouco de chuvisco. Com eles ainda, rumamos em seguida ao Jurerê – que já era parada deles, mesmo, e passamos a noite lá.

No dia seguinte, a chuvinha ainda persistia, mas fomos convidados para almoçar com o Beto e a família. Conhecemos os pequenos Pedro e Tito, e almoçamos (e jantamos) com eles. Passamos a tarde toda lá, e um pouco da noite. Somos muito gratos pelo carinho e hospitalidade deles, pelo almoço, a sobremesa e a janta… as frutas, o passeio na praia (Canasvieiras), o sorvete e a companhia!!! Agora falta o encontro em Itajaí, hein? 🙂

Aquela noite foi chatinha. Voltando da casa do Beto, que nos deu carona e, muito gentilmente, nos ajudou com as sacolas de compras do mercado, pegamos o vai-e-vem, na chuva fina, com o inflável molhado e a praia mexida! Resultado: chegamos molhados! Mas nada que um bom banho quente não pudesse resolver! Dormir, foi um capítulo a parte. Como descrevi brevemente no face, durante a noite havia muito vento forte de norte, pegando o AmarSemFim de frente e fazendo com que as ondas altas batessem muito na plataforma de popa, onde fica o Optimist das crianças, até umas 3am.

Acordamos e amarramos melhor o veleirinho, por segurança; mas nem Ricardo, nem eu conseguimos voltar a dormir tranqüilos… Apenas breves cochilos que eram interrompidos pelos barulhos das ondas no casco, mais o balanço do barco e o soprar do vento forte.

Logo depois, o vento virou (deixando o AmarSemFim na sua direção), mas as ondas continuaram (porque tardam um pouco mais para mudar e ficarem em harmonia com o vento); e agora nos agitavam de lado – o que tornou impossível dormir, e me presenteou com um torcicolo chato!

Saímos as 7:30 do Iate Clube Veleiros da Ilha – em Jurerê, norte da Ilha – em busca de melhor abrigo, e atravessamos o canal em direção ao continente, aonde há uma área bem mais abrigada, que já conhecíamos (praia do Tinguá – Enseada da Armação) quando passamos por aqui em março de 2013.

Ali, tomamos café e descansamos um pouquinho para sair, as 11:00 para o nosso próximo destino – ITAJAÍ – onde estamos agora!!!

Nos sentimos muito gratos a Deus pelo tempo que nos propiciou na Ilha de Sta Catarina. A visita e os momentos vividos com cada um de vocês foi, sem dúvida, um presente de Deus e nos alegramos por poder desfrutar disso. Deus os abençoe!

AmarSemFim |)|)

Fotos:

Videos:

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Pontes de Floripa