🇺🇸 AmarSemfim sailboat / 🇧🇷 veleiro amarsemfim

🇺🇸 Jeremiah 31:3 / 🇧🇷 Jeremias 31:3


Deixe um comentário

🇧🇷 Newsletter – Cuba! Finalmente! (Vita, Holguín, Cuba – 13 a 26 de março, 2018)

(🇺🇸 click here!)

🇧🇷 Aqui estamos outra vez ver para saudar a igreja do Senhor Jesus Cristo e nossos irmãos e irmãs com a graça, misericórdia e paz de Deus Pai e Cristo Jesus nosso Senhor (2ª Timóteo 1:2).

Este é o post que muitos de vocês estavam esperando e que todos nós estávamos ansiosos em compartilhar, mas que demorou muito para finalmente ser publicado. Temos tantas coisas a contar que as vezes fica difícil saber por onde começar.

Deixe-me voltar lá atrás e comentar que tivemos uma viagem incrível indo desde o sul de Ragged Island (sul das Bahamas) até Vita (nordeste de Cuba). Levamos apenas 11h30 para chegar lá, e o tempo estava maravilhoso do começo ao fim (exceto pelos primeiros 25 minutos em que vimos nuvens negras e pesadas, chuva se aproximando, apesar de nunca ter nos alcançado). Pudemos velejar a maior parte do percurso, algumas vezes com a ajuda do motor para tornar a viagem mais rápida e, o mais importante de tudo, tornando possível uma chegada antes do pôr-do-sol. Conseguimos pescar um pouco, e ficamos bastante intrigados quando pescamos um peixe que, enquanto puxávamos a linha e anzol com ele preso pela boca, foi mordido por um outro peixe muito maior do que ele, e que acabou tendo parte do seu corpo despedaçado… nos deixando apenas com 2/3 do seu tamanho. Ficamos um pouco desapontados por um tempo porque realmente queríamos pescar. Alguns de nós queriam muito aquele grande peixe… Mas no final das contas, percebemos que Deus sempre nos dará exatamente a quantidade de comida de que precisamos!!! Ele é o nosso único provedor e nunca vai deixará na mão. Nós não precisávamos de um peixe grande naquela hora, e Ele sabia disso. Precisávamos de peixe para aquela refeição… aquele dia – E foi exatamente isso que Deus nos deu!!! Então nós seguimos com corações gratos por aquele almoço delicioso que o Senhor tinha tão graciosamente proporcionado para nós!

Enquanto continuávamos seguindo para o sul, por um bom tempo pudemos usar todas as nossas velas, e foi dessa forma que chegamos à Vita. Um pouco antes de entrar pelo canal, decidimos baixar todas as velas e terminar a viagem apenas com o motor. Tudo seguiu de forma tranquila e louvamos a Deus em tantos momentos que nós nos sentimos mais do que abençoados quando recordamos.

Eu olho para trás e lembro que orei a Deus dentro do meu coração pedindo a Ele por chuva. Mais especificamente, eu ansiava por uma chuva que pudesse literalmente lavar toda areia e sal do convés; mas eu também queria que essa chuva viesse depois de ancorarmos, por razões óbvias. Me faltam palavras para expressar o quão amada eu me senti quando, depois de ancorar (nem preciso dizer), a chuva que eu tanto esperava em meu coração chegou, lavando o barco por fora. Deus é mesmo incrível! Descansamos aquela noite, e estávamos prontos para passar pelos procedimentos de imigração e aduana na manhã seguinte.

(clique em cada imagem para ver a legenda)

Tudo é muito burocrático em Cuba. O extremo oriente ainda mais, devido a sua proximidade com a “Canal de Barlavento” (canal este que fica entre a região mais leste de Cuba e o Noroeste do Haiti). Recebemos as mesmas visitas que recebemos na última vez em que atracamos em Cuba (abril de 2017), que também incluiu a visita de um grupo de oficiais que inspecionam o barco junto com seus cachorros. Nada disso era novidade para nós. Já esperávamos por isso e tudo correu tranquilamente… até o momento em que um dos cachorros, depois de ficar no calor esperando o procedimento terminar e não ter água para se refrescar durante este tempo, começou a latir para alguma coisa no barco. Se eu continuar explicando em detalhes tudo o que aconteceu naquelas horas, tornaria esse post muito mis longo e cansativo… Então, para resumir, conto apenas que nós tivemos que desmontar parte do teto no interior do barco, para que eles pudessem fazer uma outra busca mais completa, certificando-se de que os cachorros não tinham deixado nada para trás durante a busca que tinham feito anteriormente… E finalmente, acabaram concluindo, depois de pouco mais de uma hora, que não havia nada que realmente necessitasse maior inspeção, permitindo-nos finalmente ir para a terra. Toda essa agitação, claro, trouxe para o barco a visita de um esquadrão especial… Mas, durante todo esse tempo, nós sabíamos para onde Deus estava nos levando, e apenas esperamos pacientemente, orando pelas vidas daquelas pessoas que estavam no barco naquele momento.

Por que? Deixe me contar algo que você talvez não saiba sobre nós: uma das primeiras coisas que entendemos que Deus queria de nós desde quando começamos a velejar como missionários é que nós precisamos orar pela vida de quem quer Ele traga ao nosso encontro, quem quer que Ele traga para dentro do Seu barco (do qual somos administradores), e compartilhar com cada alma, quer esteja disposta a ouvir ou não, as boas-novas de Jesus Cristo enquanto estiverem a bordo. Nenhuma alma saiu do barco sem ter sido apresentada a Jesus, ou ouvido mais sobre Ele. Claro, eu também preciso dizer que os resultados dessas conversas variam muito, e nem sempre podemos ter a benção de ver como a Palavra de Deus trabalha na vida daquela pessoa, através da ação do Seu Santo Espírito.

As pessoas as vezes têm a falsa impressão de que têm controle sobre as situações da vida, quando na verdade não o têm. Nenhum de nós tem controle sobre nada. Nós podemos achar que temos. Podemos inclusive acreditar no que achamos… Mas a verdade é que não temos. O que nós realmente sabemos é que Deus é soberano sobre tudo, e que nEle, todas as coisas subsistem (Colossenses 1:15-17). Além disso, nós sabemos com certeza que os planos de Deus são sempre para o bem daqueles que O amam e são chamadas de acordo com o Seu propósito (Romanos 8:28. Leia também Jeremias 29:11-13). Conto-lhes isso porque o que aconteceu em seguida poderia ter nos desapontado e desencorajado, se não fosse por Suas promessas – nas quais nos apoiamos e nas quais descansamos. Eles nos disseram que nada do que nós tínhamos levado conosco para a comunidade de Vita (isto é: a bomba de água que alguns de vocês nos ajudaram a conseguir e que ajudaria a comunidade a tratar a própria água que bebem; o filtro de água; os produtos de higiene; e as roupas) poderia sair do barco. Quando nós dissemos a eles que não nos importaríamos em pagar os devidos impostos, e que apenas queríamos levar para os nossos amigos as coisas que tínhamos juntado durante os últimos 11 meses e que tínhamos trazido conosco, a resposta foi NÃO. Nenhum presente ou doação poderia em hipótese alguma sair do barco, nenhuma bomba, nenhum filtro… Quer seja novo ou usado… Quer nós pagássemos os impostos ou não… A resposta foi apenas NÃO! Eles disseram que era uma nova lei nacional que nos impedia de fazer isso. Se tivéssemos chegado de avião, no entanto, por exemplo, as coisas teriam sido diferente, pois tal lei se aplica apenas para os que chegam em barcos.

Antes que eu continue, é importante contar que durante os meses que levamos para chegar em Cuba, Deus trabalhou em nossas vidas de forma muito especial. Curiosamente, repetidas vezes, nós nos deparamos com estudos bíblicos, passagens e versículos falando sobre AUTORIDADE… oramos muito a respeito disso e entendemos que Deus queria nos ensinar mais sobre esse assunto (desde Cocoa, na Flórida, até Vita, em Cuba… desde novembro de 2017 até março de 2018). Sabemos que Deus diz em Sua Palavra que toda autoridade é instituída pelo Senhor e está sujeita ao Seu poder e a Sua autoridade (Romanos 13:1). Também aprendemos que Deus pede de nós obediência. E nós sabemos que uma das maneiras de honrar a Deus é respeitar a autoridade sobre a qual Ele nos colocou. Então, da mesma maneira que nós temos que respeitar, por exemplo, o prazo de estadia que nos é dado pelo governo americano, e sair do país quando nosso prazo está expirando, assim também temos que respeitar as regras de qualquer outro país onde estivermos. Se você mora nos Estados Unidos por exemplo, e pode dirigir lá porque “já tem 16 anos”, você não poderá dirigir nas Bahamas por “ter apenas 16 anos”. Do mesmo modo, se eu chego em Cuba com presentes e doações e o que mais eu trouxer comigo, com a intenção de compartilhar tudo isso com os amigos e irmãos de lá, e me dizem que eu não tenho permissão para fazer isso – eu não o farei! Parece muito extremo? Eu deveria me arriscar? Mais importante do que isso, eu estaria honrando a Deus ao desrespeitar tal lei? Eu daria as autoridades uma boa impressão de como um cristão deve ser quando estou desafiando e me rebelando contra as suas leis? Eu não confio que Deus está no controle independente de qualquer coisa? Eu já não vi repetidas vezes que o Senhor não se limita as nossas leis? O Seu poder, e a Sua autoridade e soberania colocam todo e qualquer plano que não seja o dEle por terra! Eu não tenho fé? Eu precisaria mentir? Precisaria trapacear e desobedecer ou me rebelar? Não seria talvez um pouco de orgulho e presunção, então, achar que meus planos teriam um melhor resultado? Eu não estaria esperando a ação do Espírito, mas agindo na minha própria força e de acordo com o meu próprio entendimento (pausa… reflexão: Provérbios 3:5-8 diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos.”)… Enfim, nós sabíamos a resposta para todas essas perguntas. Nós aprendemos isso durante todo o tempo que levamos para chegar lá, justamente para que pudéssemos colocar isso em prática naquela hora, naquele lugar. Dessa maneira, nós não só estaríamos honrando a Deus, como também estaríamos dando um testemunho vivo de vida e conduta cristã para o nosso primeiro ministério (que são nossos filhos), para as autoridades de Vita, e para a comunidade, também. Se fosse você no meu lugar, não tenho muita certeza do que você teria feito, e eu não tenho certeza de que eu queira saber o que teria acontecido. O que eu sei é que Deus estava “nos” ensinando sobre autoridade, e que já era hora de “nós” mostrarmos o que havíamos aprendido até aquele momento. Então, nós oramos. Eu chorei. Eu estava arrasada por não poder entregar todas aquelas coisas… Eu estava triste. Eu não tinha ideia do que eu ia dizer para as pessoas na comunidade. Alguns deles estavam esperando ansiosos pelas bençãos que nós estávamos levando… Que lição dura seria para todos nós. Mas eu acabei entendendo depois de estudar, de orar, e de ler Palavra, que há duas maneiras de se comportar uma vez que se entende o senhorio do Senhor em sua vida: você pode agir em obediência, como uma resposta de amor ao Senhor; ou você pode agir em rebelião, como uma resposta de orgulho próprio. É simples assim… Embora seja tão difícil de aceitar. Já era hora de amar a Deus, obedecendo a Ele.

Mas, voltando a Cuba, deixe-me dizer que Deus operou tudo de tal maneira que Seus planos não foram frustrados, mas seguidos. Não exatamente conforme “nós” tínhamos planejado, não inteiramente como nos agradaria a nós mesmos, ou a comunidade; mas de acordo com a Sua boa e perfeita vontade e propósito. A Deus somente seja toda a glória. Esperamos poder compartilhar mais sobre isso quando tivermos a oportunidade de falar para alguns irmãos e irmãs nas reuniões dos “pequenos grupos” que tão graciosamente nos recebem e nos permitem compartilhar a Palavra de Deus, ou nas reuniões de oração de quarta-feira quando nos permitem falar e compartilhar, ou mesmo nos 5 ou 10 minutos que as vezes nos dão em uma manhã de domingo, quando nós podemos mostrar um pouco do que o Senhor está fazendo em nós e através de nós.

Agora, no entanto, deixe me manter esse post como ele está, e apenas orar a Deus pedindo que ele me guie enquanto o termino de maneira que honre o Seu nome, e que você seja guiado por Ele a entender o texto da maneira como Ele deseja que você o faça.

Naquele mesmo dia em que chegamos a Vita e passamos pelos procedimentos, e pelas inspeções, e pelas conversas… assim que fomos liberados e, respeitando todas as regras e toque de recolher que nos foram colocados, estávamos finalmente habilitados para sair e visitar nossos amigos e nossos queridos irmãos e irmãs em Vita. Estar com eles por aquelas duas semanas, nos permitiu compartilhar muito sobre tudo isso; nos permitiu abençoar suas vidas de formas que não esperávamos; nos permitiu também ser ricamente abençoados por eles com a comunhão e a instrução do Senhor através das visitas aos pequenos grupos e aos cultos nas casas dos irmãos e na igreja, respectivamente. Nas fotos que compartilho, você poderá ver Deus agindo lá em Vita, enquanto compartilhamos refeições com eles (que muitos de vocês ajudaram a tornar realidade), enquanto tivemos comunhão na igreja e celebramos o Domingo de Ramos; e tivemos a benção de poder ser canal de bençãos para eles, de acordo com o que vocês, que nos enviam, oraram.

(clique em cada imagem para ver a legenda)

Os planos de Deus nunca falham. Nossos planos podem falhar. Mas ele é Deus, e nós não! Que os planos do Senhor prosperem sempre. Que nós aprendamos a confiar na soberania dEle em todas as situações.

Que nós tenhamos prazer e nos deleitemos em Sua vontade. Que nós honremos a Ele com uma vida obediente… Que Seu nome seja sempre exaltado.

Eu termino a postagem assegurando vocês de que sempre oramos por vocês que nos enviam. Oramos por vocês que nos apoiam em oração e que nos abençoam com recursos que sempre recebemos com corações agradecidos. Seguimos louvando ao Todo-Poderoso Deus por suas vidas, irmãos e irmãs, e sobre vocês pedimos que o Senhor continue manifestando Sua presença, que ele cuide de vocês, guie vocês e os abençoe. Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo esteja com todos vocês (2ª Coríntios 13:14).

Helena, junto com Ricardo, Juca e Maria.


Deixe um comentário

🇺🇸 Newsletter – Cuba! We’re finally here! (Vita, Holguín, Cuba – Mar 13th to 26th, 2018)

(🇧🇷 clique aqui!)

🇺🇸 Here we are again to first of all greet the church of the Lord Jesus Christ and our brothers and sisters with grace, mercy and peace from God the Father and Christ Jesus our Lord. (2nd Timothy 1:2).

So this is the post most of you had been expecting and all of us have been eager to share, but which took us quite a while to finally publish. We have so much to share we sometimes struggle as to where to begin with.

Let me go back and say that we had an amazing trip heading south from Ragged Island (in the south of the Bahamas) to Vita (in the northeast of Cuba). It took us no more than 11:30 hours to get there, and the weather was nice from beginning to end (except for the very first 25 minutes when it was dark and cloudy and rain was seen approaching, though it never reached us). We could sail most of the way, sometimes with the help of the engine to make it faster and, more importantly, possible for us to arrive while we still had sunlight. We could fish a bit; and were quite intrigued when we caught a fish that was, while being reeled into the boat, bitten by what seemed to be a quite bigger fish, and had part of its body severed from the rest. We felt a bit of a disappointment for a while because it was really a big fish. Some of us had wanted so much to get a big one… But we eventually realized God will always give us the exact amount of food we need!!! He is our only provider and will never fail us. We didn’t need a big fish then, and He knew it. We needed fish just for that meal… that day – and that’s what we were given!! So, we gratefully went on enjoying that tasty lunch the LORD had so graciously provided!

While still heading South, for quite some time we could use most of our sails, and that is how we got to Vita. Just a little before entering the canal, we decided to put all the sails down and finish the trip with the engine alone. Everything went on smoothly and we praised God in so many occasions we feel over-blessed when bringing it back to mind!

I look back and I recall in my heart that I prayed to God asking Him for rain. I specifically yearned for a rain shower which could literally wash out all the sand and salt on the deck… but I also desired that said rain to come after anchoring, for obvious reasons. I lack words to express how loved I felt when, needles to say, the rain shower I had anticipated in my heart finally came and washed the boat clean on the outside, just after we had anchored. God is amazing! We rested that evening and were ready to go through all customs and immigration procedures the next morning.

(click on each picture to see the caption)

Everything is very bureaucratic in Cuba. The extreme orient even more so due to its proximity to the “Windward Passage” (a strait which is between the easternmost region of Cuba and the northwest of Haiti). We received the very same visits we did the last time we docked in Cuba (April 2017), which also included the visit of the search party with its search dogs. All this was no news to us. We were expecting it; and it went on smoothly… till the moment when one of the dogs, after waiting out in the heat for the procedures to be over, and having no water to refresh itself for that while, started barking at something in the boat. If I go on explaining in details all that happened that morning it’ll make this post even longer and more tiring. So I’ll cut short and just say we had to disassemble part of the ceiling inside the boat so they could search more thoroughly, making sure the dogs hadn’t missed anything while searching inside… and finally coming to the conclusion, after an hour or so, that there wasn’t really anything to worry about at all, and allowing us to go ashore. This much ado, of course, brought over to the boat the visit of their special squad… all along though, we knew where God was leading us to, and we just waited patiently and prayed for the lives of those who were inside the boat that very moment.

Why? Let me tell you something you may not know about us: one of the things we understand God wants from us ever since we started sailing as missionaries is that we need to pray for the life of whoever He brings our way or into His boat (which we were granted the blessing to use while serving Him), and share with every single soul while onboard, whether willing to hear or not, the good news of Jesus Christ. Not a single soul has left the boat without having been introduced to, or heard more about Jesus. Of course, I have to add also that the results of this sharing varie and we are not always granted the blessing of seeing how God’s Word works its way into the person’s life, through His Holy Spirit.

People sometimes have the false impression that they hold control over things when they do not. None of us have control over anything, to make myself clearer. We may think we do. We may even believe what we think… but the truth is: we do not. What we do know is that God is sovereign over everything and that in Him all things are held together (Colossians 1:15-17). Also, we know for sure His plans are always for the good of those who love Him and are called according to His purpose (Romans 8:28. Read also Jeremiah 29:11-13). I’m telling you this because what happened afterwards could have made us a little disappointed and discouraged, if it weren’t for HIS promises – which we brought to mind and held fast to. We were told none of the things we had brought to help the community in Vita (that is the water pump some of you helped us get and which would help the community clean their very own drinking water; the water filter, toiletries, and clothes) could be taken off the boat. When we told them we didn’t mind paying the due fees and were ok with it because we just wanted to take to our brothers and friends the things we had gathered during the previous 11 months and brought with us, the answer was NO. No gift was ever to leave the boat, no pump, no filter… whether new or second-hand… whether we payed the fees or not… the answer was NO. They stated it was a new nation-wide rule which prevented them from allowing things to leave the boat. If we had arrived via airplane, though, things would have been different. That rule only applied to boaters.

Before I go on, it is important to share that during the months it took us to sail down to Cuba, God was working in our lives in a very specific way. Curiously enough, we kept bumping into bible studies, passages and verses regarding AUTHORITY… we prayed a lot concerning this and we understood God wanted to teach us more about it (all the way from Cocoa (Florida – USA) to Vita (Cuba)… from November/17 to March/18). We know God says in His Word that all authority is established by the LORD and is subjected to His power and His authority (Romans 13:1). We also learned that God asks obedience of His followers. And we know one of the ways we can honor God is respecting the authority under which we are placed. So, the same way we have to respect the deadlines given by the US government for us to leave the country when the granted amount of months authorized by them is expiring, we have to respect the rules of whatever country we are in. If you live in the USA for example, and can drive there because “you are already 16”, for instance, you will not be able to drive in the Bahamas because “you are only 16”. The same way, if I arrive in Cuba with gifts and whatever else I bring with me, with the intention of sharing all that with my friends there, and am told I’m not allowed to do it – I won’t do it! Sounds too extreme? Should I take risks? More importantly, will I be honoring God if I disrespect that law? Will I be giving the authorities a good impression of what a Christian should be when I’m defying and rebelling against their law? Don’t I trust God is in control no matter what? Haven’t I seen over and over again that God is not limited by our laws? His power and authority and sovereignty put every plan but His to the ground. Have I no faith? Will I have to lie? Will I have to cheat or disobey or rebel? Wouldn’t it be maybe a bit of pride and presumption, then, to think my plans would turn out better? I wouldn’t then be waiting for the Spirit to work but acting myself according to my own will and understanding (pause… reflexion. Proverbs 3:5-8 says “Trust in the LORD with all your heart and lean not on your own understanding; in all your ways submit to him, and he will make your paths straight. Do not be wise in your own eyes; fear the LORD and shun evil. This will bring health to your body and nourishment to your bones.”)… We knew the answer to all these questions. We had been taught them all that while so we could apply them right there and then. This way we would be not only honoring God, but witnessing to our first Ministry (which is our kids), to the authorities there, and to the community, as well. If it had been you there, I’m not sure what you would have done and I’m not sure I want to know what that would have turned out to be like. What I know is God was teaching “us” about authority, and it was time “we” showed Him what we had learned by then. So, we prayed. I cried. I was desolate for a while for not being able to give them all those things… I was sad. I had no idea what I was going to tell them. Some of them were already expecting us to bring so many blessings… what a hard lesson it was to us all. But I have come to understand after some studying, and praying and reading the Word, that there are two ways you can behave as having once understood the authority of our LORD in your life: you can act in obedience as a love response to God; or you can act in rebellion as a proud response to HIM. It is as simple as that… though it is so hard to accept. It was time to love God, then, by obeying Him.

But going back to Cuba, let me just say that God worked things out in such way His plans were not frustrated, but followed. Not entirely as “we” had planned it, not entirely as it would have been pleasing to “us”, or to the community; but according to His good and perfect will and purpose. To Him alone be all glory. We hope we can share more of it when we have the chance to go and talk to some of the brothers and sisters in the small groups that so willingly receive us and grant us some time to share God’s Word, or the Wednesday prayer meetings when we are allowed to speak and share, or even the 5-10 minutes we sometimes are granted on a Sunday morning when we are able to show a bit of what God has been doing.

For now, though, let me keep this post as it is and simply pray the LORD will guide me to finish it in a way that would honor Him, and guide you to read and understand it the way He intends you to.

The very same day we arrived and went through the procedures and all the searches and talks… as soon as we were released (respecting all the rules and curfew given us), we were finally able to leave the marina and go see our friends, our dear brothers and sisters in Vita. Being with them for those 2 weeks allowed us to share all this, allowed us to bless their lives in ways we had not anticipated, and allowed us to be so richly blessed with the fellowshipping and the instruction of the Lord through the visiting of small groups and services held in our brothers’ houses and the church, respectively. In the pictures I’m sharing, you’ll be able to see God in action there in Vita as we shared meals with them, fellowshipped in the church, celebrated Palm Sunday and had the blessing to be a channel of blessings to them, as you, who have sent us, have prayed for.

(click on each picture to see the caption)

God’s plans never fail. Our plans may. But he is God, and we are not!May His plans always prosper. May we learn to trust His sovereignty in every situation.

May we take pleasure and delight in His will. May we honor Him with an obedient life…May His name be exalted always.

I’ll finish the post by assuring you we always pray for you who send us. We pray for you who support us in prayer and who bless us with resources that we receive with so grateful hearts. We go on praising the Almighty God for your lives, brothers and sisters, and over you we pray God will go on manifesting His presence, that He will take care of you, guide you and bless you. May the grace of the Lord Jesus Christ, and the love of God, and the fellowship of the Holy Spirit be with you all. (2nd Corinthians 13:14).

Helena, with Ricardo, Juca and Mari


2 Comentários

🇺🇸 Newsletter – The Bahamas – 🇧🇷 Newsletter – As Bahamas

🇺🇸 Newsletter – The Bahamas (last part: Feb 16th – Mar 13th, 2018) – 🇧🇷 Newsletter – As Bahamas (última parte: 16 de fevereiro a 13 de março, 2018)

🇺🇸 English 🇧🇷 Português

🇺🇸 We’re back! And we want to start again by greeting the church of the Lord and our brothers and sisters with grace, mercy and peace from God the Father and Christ Jesus our Lord. (2nd Timothy 1:2)

When I started monthly writing the missional newsletters a couple of months back I did not know then all the benefits it would render me/us. The fact that we are allowed to go back and “revisit” those moments in time when this or that happened, or the privilege we are given to rethink, relive and meditate upon certain situations God’s put us through… all this is just so rich!!! So maybe this is why it sometimes takes me so long to actually go through that phase of rethinking and reliving etc to finally get where God wants us to be, and exactly what our LORD Jesus Christ wants us to share. So before I move on to the report itself I want to pause here and praise the name of the the God who called us into mission, the One who deserves all praise, the Name above all names: Our LORD and Savior, the pioneer and perfectioner of our faith: our LORD Jesus Christ! To Him alone be all Glory and honor and power! Also, I feel the need to apologize for the long pause. Even though I’ve explained how we feel about the pauses, I know some of you have been waiting and wondering about one of the most important periods of our missionary work – which is the time we spend in Cuba.

Before I proceed to tell you all about Cuba itself, though (which will be our next post, and is already being written), I want to go on and share (and this way, conclude that chapter) about one of the most beautiful countries we’ve visited so far: the Bahamas.

We had an extended stay in the Bahamas. Part of the time it was because we enjoyed the islands so much. But also, in some cases, we were led by the Spirit to stay a bit longer, or to leave faster… as you will see. This is not going to be, then, a post regarding missionary work itself, as it will mostly tell about the way God works in our lives – and eventually shapes us into the kind of people He wants to use for what He’s called us to do.

So after we left Nassau, we headed to and Island called Eleuthera. This is an Island we had not visited before during our last trip to the Bahamas, last year; so we were curious to see some of the things people say about this place, like the pink sand beaches. Also, we were told there is a ice place to do some maintenance on the boat in a place called Spanish Wells, and this is something we have been postponing for so long we thought that was the perfect opportunity to do it. So we headed to Eleuthera and had a wonderful trip. We left Nassau in the morning and got the an anchorage close to Spanish Wells by sunset. Rested. Lifted the anchor and headed to Spanish Wells per se on the next morning. Spanish Wells is a BEAUTIFUL place! But it is also very different than any other Bahamian Island we have visited so far. The city is small, the beaches are wonderful, the water is stunning… but you see no trash on the streets, you can find a pretty well supplied supermarket on the island, prices don’t seem to be as high, people use mainly golf carts as transportation (and that’s not for tourists – that’s for residents), and the place itself is very quiet and well preserved. The church we connected with is fantastic and the kids had a great time fellowshipping with them, as did we. In all: We loved it! And so we decided that it would be a nice place to stay longer, and get our boat into shape again. So we prayed about it, as we always do, and started making plans and arrangements for the stay.

Then, God said NO! As I wrote above, “WE” decided and “WE” made plans. Yes, we prayed… but as it happens ever so often, God replied (as He always does) not in accordance to our expectations. We found the boatyard place our boat friends often talk about, where we could have our boat taken care of. We met the owner on the street. Talked to him. Went to the office. Filled out the required forms. We explained all the details and waited for an email saying whether it was possible to have everything we needed done, when it could be done, and how long it would take. But… No emails. So one day, walking from the docks to the supermarket as we usually did, we decided to visit the office again and make sure we didn’t miss anything. Maybe we misprinted the email, maybe we missed something. But, no. We were asked to wait a bit longer and we were assured he’d get back to us soon. As we were leaving the office, there he was. The owner. And he simply confirmed what they had just told us in the office. I’ll write to you this week. So, not to make it too long, let me just say we are waiting for this email to arrive up to the present. Having understood that was a door God had closed, we started praising Him for we are sure, as it is in His Word, He had something better ahead for us – we just don’t know when, where or anything else so far… we just know, trust and wait, for He is always faithful.

So after about 10 days, during which we got to relax on the island, meet people, spread painted rocks, fellowship twice with the People’s Church, and even be blessed with a sweet ride around the island (which a brother from the church made possible by offering us his golf cart for the day), we took off. Some of you had the chance to see our very first live video on our way to the island of Exumas. The trips till we reached Georgetown in the Exumas were very nice and calm. We could sail a bit, which was great. We saw and shared (as we went live again) the “green flash” while the sun was setting during one of the trips… and eventually arrived in Georgetown about 2 days later.

The last time we were there we concluded it was not the place for us. So many boaters just LOVE Georgetown, but we, somehow, did not enjoy it the first time (2017). So we were planning on staying there for just a couple of days and then, simply leave and head south straight to Cuba. So after provisioning, early the next morning we left. Different from what we did the last time, we decided to try the Comer Channel on our way to Cuba. On our last trip, we had opted to go south sailing east of Long Island… sailing the ocean. This time, we decided to keep sheltered by the islands and cays, sail the Comer Channel and through the banks, stopping every some miles to sleep and keep heading south. The southern most Bahamian island is called Ragged Island and it is 60nm north of Vita (in Cuba) – about a 12 hour-trip. So there we were headed. Comer Channel is very tricky, though. Miles and miles of sandbanks all around – which makes it simply stunning, but very dangerous if you draft too much. We sailed through it without any issues, though, and, 30nm off of Georgetown, our engine broke. I heard a variation in the constant sound of the engine which called my attention, so I called Ric up and we noticed the engine soon started losing power, and losing power… till it went dead. And NOTHING would make it work again. We were just off the Comer channel. But still had about 30 other nautical miles to get to the next Cay. What we had to consider was where to go… with only the help of our sails… it would be 30nm back to Georgetown (a refuge for so many boaters with boatyards and mechanics all around), or 30nm south till Water Cay – which is, in one simple word: uninhabited – meaning we would have no means, whatsoever to fixing anything… To top it all, 3 days from then, the winds would pick up quite a bit and we should by then be in a sheltered spot. But before we could decide on that, we tried fixing the issue. So since we still had WiFi signal (praise the LORD!), we were able to contact BASRA (which is an agency with volunteers who can connect you to help while in the Bahamas) and a mechanic friend of Ric’s in Brazil. While I was on the phone, Ric jumped in the water to make sure we hadn’t lost the propeller – which was a possibility. No, it was there. So he kept trying other things. Nothing would make the engine work again. It was when we decided it was high time we stopped and prayed. We did, and Juca, at one point, simply but boldly and full of faith said: “just give it another try”. And it did work! So it was time then, to decided. Going back or keep heading south. We decided to go back. To make a very, very long trip (and story) short, we ended up going through the tricky Comer Channel a total of 5 times (which now makes us experts in sailing it). Heading back to Georgetown with a problem on the engine was really overwhelming. Sailing through the Comer Channel at its lowest tide, or through Elizabeth Harbour (not at all advisable without a local to guide you) as the sun was rising… and finally anchoring back in Georgetown, in Stocking Island, with our engine temporarily remediated but not at all fully fixed, proved to be adventures we do not want to undertake again. Well, while there, we could find the hose we needed, the oil we were looking for, and during the waiting (for the bad weather days that ended up catching up with us, while sheltered there) we could share the love of God with tourists who were visiting the cozy “Chat N Chill”.

The sharing of God’s love to those on the island could have been the only motive (and motive enough) to have us go back there for that while. But we know God had another reason. Without really getting into details, Ric and I know we displeased the LORD at one point before starting the trip from Georgetown to Cuba (as we did not trust in His sovereignty regarding the provisions for the trip and mission work down south). So He had us go back. His Spirit bugged me for days. I could barely speak as I was being corrected and led to see what we had so cowardly missed. Ric and I talked and prayed together. We confessed our lack of trust and faith at that specific point and, soon enough, were able to keep sailing south. About 3 days later, we were in Cuba.

We not always realize the things we do are sometimes rooted in our earthly needs, our corrupt nature. But I praise the God who provided us a way to be reconciled with Him through Jesus Christ, for loving us so much as to correct us in LOVE and shape us and polish us and makes us ready for His Ministry. He is an amazing, loving, just and graceful God. The one who deserves all praise and glory and majesty. To Him alone be all the glory… Soli Deo Gloria!

I want to thank you for reading it through, even though it was not a mission report. But part of our missionary work is being prepared for it, so I thought it had to be shared. I also apologize if the descriptive details are too long as to make the reading tiring… most of them couldn’t have been left out, tough. Thank you.

As always, let me finish by assuring you we always pray for you who send us. We pray for you who support us in prayer and who bless us with resources that we receive with so grateful hearts. We go on praising the Almighty God for your lives, brothers and sisters, and over you we pray God will go on manifesting His presence, that He will take care of you, guide you and bless you. May the grace of the Lord Jesus Christ, and the love of God, and the fellowship of the Holy Spirit be with you all. (2nd Corinthians 13:14)

Helena, with Ricardo, Juca and Mari

🇧🇷 Estamos de volta! E queremos começar cumprimentando novamente a igreja do Senhor e nossos irmãos e irmãs, com a graça, misericórdia e a paz de Deus Pai e Cristo Jesus nosso Senhor (2ª Timóteo 1:2).

Quando eu comecei a escrever mensalmente os relatos missionários há alguns meses, eu não sabia naquela época todos os benefícios que isso me/nos traria. O fato de que nós podemos voltar e reviver esses momentos de exatamente quando isso ou aquilo aconteceu, o privilégio que nós temos de repensar, e reviver, e meditar sobre certas situações pelas quais Deus nos faz passar… Tudo isso é de muito valor! Talvez este seja o motivo pelo qual algumas vezes eu demore tanto para realmente passar por essa fase de repensar e reviver, e finalmente consiga chegar aonde Deus quer que estejamos e saber exatamente o que Jesus Cristo nosso Senhor quer que nós compartilhemos. Antes de começar o relato em si, eu quero parar aqui e louvar o nome do Deus que nos chamou para missão, aquEle que merece todo louvor, o Nome acima de todos os nomes: nosso Senhor e Salvador, o autor e confirmador da nossa fé: nosso Senhor Jesus Cristo. A Ele somente seja toda glória, e honra e poder! Eu também sinto a necessidade de me desculpar pela longa pausa. Apesar de ter explicado como nós nos sentimos com relação a elas, eu sei que alguns de vocês estão ansiosos, esperando e imaginando como foi o mais importante período da nossa missão: que é o tempo passado em Cuba.

Antes de eu seguir contando sobre Cuba, em si (o que vai ser a nossa próxima postagem, que já está sendo escrita), quero seguir compartilhando (e dessa maneira concluir o capítulo) sobre um dos países mais bonitos que nós já visitamos: as Bahamas.

Tivemos uma estada prolongada nas Bahamas. Parte do tempo foi porque nós gostamos muito das ilhas. Mas também, em alguns casos, nós fomos levados pelo Espírito a ficar um pouco mais ou a sair com mais pressa de lugar x ou y, como você vai ver. Desta maneira, esta postagem não vai ser de conteúdo missionário por assim dizer, uma vez que vou contar sobre a forma como Deus trabalha em nossas vidas e por fim, nos molda nos tornando o tipo de pessoa que ele quer usar para cumprir o Seu chamado.

Então, logo que saímos de Nassau, nós nos dirigimos a uma ilha chamada Eleuthera. Essa é uma ilha que nós não visitamos antes, durante a nossa última viagem pelas Bahamas, no ano passado. Por isso, nós estávamos curiosos para ver algumas das paisagens que as pessoas nos contam sobre este lugar, como a areia cor-de-rosa nas praias. Também nos disseram que lá se pode fazer manutenção no barco, em uma cidade chamada Spanish Wells. E essa manutenção é algo que nós temos procrastinado já por um bom tempo. Por isso, pensamos que naquele momento então, seria a oportunidade perfeita para se fazer isso. Seguimos para Eleuthera e a viagem foi uma delicia. Saímos de Nassau de manhã e chegamos a ancoragem perto do pôr do sol. Descansados, levantamos âncora e seguimos para Spanish Wells de fato, no dia seguinte. Spanish Wells é um lugar lindo! Mas é uma cidade muito diferente de qualquer outra que nós já tenhamos visitado nas Bahamas. Ela é pequena, as praias são lindas, a água é estonteante… Mas você não vê lixo nas ruas, você encontra um mercado muito bem abastecido na ilha, os preços não parecem ser tão abusivos, as pessoas usam carrinhos de golfe como transporte (e isso não é para turistas, é para residentes), e o lugar em si é bem tranquilo e muito bem preservado. A igreja com a qual nós nos conectamos é fantástica, e as crianças aproveitaram muito bem o tempo de comunhão com eles, assim como nós também o fizemos. Resumindo: nós amamos Spanish Wells! Sendo assim, nós decidimos que seria um ótimo lugar para ficar mais tempo, e arrumar o nosso barco colocando-o em forma outra vez. Oramos a respeito disso, como sempre fazemos, e começamos a fazer os planos e programar os detalhes para a estada.

Foi então que Deus nos disse NÃO! Como eu escrevi acima, “NÓS” decidimos, e “NÓS” fizemos planos. Sim, nós oramos… Mas como acontece não poucas vezes, Deus respondeu (pois nunca nos deixa sem resposta), não de uma maneira que estivesse de acordo com as nossas expectativas. Explico: Nós encontramos a oficina de barcos sobre a qual nossos amigos falaram, onde poderíamos arrumar o barco. Conhecemos o dono e falamos com ele. Fomos ao seu escritório. Preenchemos os formulários exigidos. Explicamos todos os detalhes e esperamos por um e-mail dizendo se seria possível ou não fazer tudo que precisávamos, quando isso poderia ser feito, e quanto tempo levaria. Mas, nada de e-mail. Então um dia, andando pelas ruas, do píer em direção ao mercado como fazemos, nós decidimos visitar a oficina outra vez e nos certificar de que não tínhamos nos equivocado. Talvez tivéssemos anotado o e-mail errado, talvez simplesmente não tivéssemos prestado atenção em algum detalhe. Mas, não. Nos pediram para esperar um pouco mais e nos asseguraram de que o dono entraria em contato conosco em breve. Conforme saímos do escritório, lá estava dono. Ele apenas confirmou o que o escritório nos disse: “Eu escrevo ainda esta semana.” Então, para encurtar a história, deixe-me apenas dizer que este e-mail até o dia de hoje, não chegou até nós. Tendo entendido que essa era uma porta que Deus fechava, começamos a louvar a Deus porque sempre temos a certeza, como diz em Sua Palavra, que Ele tem algo melhor para nós… nós apenas não sabemos ainda o quando, onde ou nenhum outro detalhe… Nós apenas sabemos, confiamos e esperamos, por que Ele é sempre fiel.

Depois de uns 10 dias, durante os quais relaxamos na ilha, conhecemos pessoas, espalhamos as pedras que tínhamos pintado, congregamos na igreja People’s Church algumas vezes, e até mesmo fomos abençoados com um passeio gostoso pela ilha (que um irmão da igreja tornou possível ao nos oferecer o seu carrinho de golfe durante o dia), nós partimos. Alguns de vocês tiveram a chance de ver nosso primeiro vídeo live enquanto íamos para a ilha das Exumas. As viagens até lá foram agradáveis e tranquilas. Pudemos velejar um pouco, o que foi ótimo. Nós vimos e compartilhamos (indo live outra vez) o “flash verde” enquanto o sol estava se pondo durante uma das viagens… E finalmente chegamos a GeorgeTown por volta de dois dias depois.

A última vez que nós estivemos lá nós concluímos que não era o lugar para nós. Muitos velejadores amam Georgetown, mas nós, de alguma maneira, não curtimos da primeira vez que estivemos lá em 2017. Então, estávamos planejando ficar lá por apenas dois dias, e simplesmente sair e navegar para o sul direto para Cuba. Depois de provisionar o barco, cedo na manhã seguinte, nós partimos. Diferentemente da última vez, nós decidimos tentar o Comer Channel ao viajar para Cuba. Em nossa última viagem, nós optamos por ir ao sul velejando ao leste de Long Island ou seja, navegando o oceano. Esta vez, decidimos nos manter abrigados pelas ilhas, navegando o Comer Channel e os bancos, parando apenas a cada tantas milhas para dormir, e então seguir para o sul. A ilha mais ao sul nas Bahamas se chama Ragged Island, e fica a 60 milhas náuticas de Vita (Cuba) ou seja, aproximadamente 12h de viagem. Então, para lá seguimos. Comer Channel é muito traiçoeiro, no entanto. Milhas e milhas de bancos de areia por todos os lados, o que o torna exuberantemente lindo, mas muito perigoso se você tiver muito calado (profundidade de quilha). Mesmo assim, Navegamos pelo canal sem problemas. Mas, 30 milhas depois de sair de GeorgeTown, nossa transmissão quebrou. Eu ouvi uma variação no som constante do motor que chamou a minha atenção. Chamei o Ric e notamos que o motor começou a perder potência… e perder potência… Até que o barco parou. Nada o fazia voltar a navegar. Nós tínhamos acabado de passar pelo canal. Mas ainda tínhamos 30 milhas náuticas para chegar até a próxima ilha. O que tínhamos que decidir então, era para onde ir… Apenas com ajuda das velas: Seriam 30mn de volta para Georgetown (um refúgio para tantos barqueiros com oficinas e mecânicos por todos os lados) ou 30mn para o sul até Water Cay, que é, em uma simples palavra: desabitada – isso significava que nós não teríamos recurso algum para consertar nada, se fôssemos para lá. Além disso, em três dias, os ventos começariam a piorar e nos alcançariam. Até lá, nós já deveríamos estar em um lugar abrigado. Mas antes de podermos decidir isso, tentamos resolver o problema. Como nós ainda tínhamos Wi-Fi (louvado seja o Senhor!), nós pudemos contatar a BASRA (que é uma agência com voluntários que te conectam com “socorro” enquanto nas Bahamas), e um mecânico amigo do Ricardo, no Brasil. Enquanto eu estava no telefone, Ric pulou na água para se certificar de que nós não tínhamos perdido o hélice. Isso era uma possibilidade. Mas, não. O helice estava lá. Então ele continuou fazendo outras tentativas. Nada parecia fazer a transmissão funcionar novamente. Foi então que percebemos que já tinha passado da hora de parar e orar. Oramos! E Juca, em um dado momento, simples mas corajosamente e cheio de fé, disse: “tente de novo” (tão simples assim). E a transmissão funcionou! Agora já era hora de decidir. Voltar ou continuar para o sul. Decidimos voltar. Para encurtar a história de uma viagem muito, muito longa, nós acabamos tendo que passar pelo traiçoeiro Comer Channel um total de cinco vezes (o que hoje nos faz experts ao navegar por ele). Viajar de volta para Georgetown com problema no barco foi realmente exaustivo. Velejar novamente o Comer Channel, a noite e com a maré mais baixa, ou passar pelo Elizabeth Harbour (o que é realmente não aconselhável sem que se tenha um guia local ou um prático a bordo), enquanto o sol estava nascendo… E finalmente, ancorar de volta em Georgetown, em Stocking Island, com nosso problema temporariamente remediado mas não completamente corrigido, acabaram sendo aventuras pelas quais nós não queremos passar novamente. Uma vez lá, pudemos encontrar a mangueira que precisávamos, o óleo que procurávamos, e durante a estada (porque o mau tempo nos alcançou enquanto estávamos abrigados lá), pudemos compartilhar o amor de Deus com alguns turistas que conhecemos no gostoso “Chat N Chill”.

O compartilhar do amor de Deus com as pessoas na ilha poderia ter sido o único motivo (e motivo suficiente!) para fazer com que nós voltássemos para lá por aqueles dias. Mas nós sabemos que Deus tinha outra razão. Sem realmente entrar em detalhes, Ric e eu sabemos que desagradamos ao Senhor em um dado momento, antes de começar a viagem de Georgetown para Cuba (uma vez que naquela hora, não confiamos na soberania do Senhor com relação aos recursos para a viagem e o trabalho missionário que desenvolveríamos lá). Então, Ele nos fez voltar. Seu Espírito me incomodou por dias; eu mal conseguia conversar, enquanto estava sendo corrigida e levada a enxergar onde nós tínhamos tão covardemente errado. Ricardo e eu conversamos e oramos juntos. Confessamos a nossa falta de confiança e fé naquele momento, e muito em breve fomos capazes de continuar com a viagem ao sul, chegando em Cuba num intervalo de aproximadamente três dias.

Nem sempre nós percebemos que as coisas que fazemos têm raízes muitas vezes em necessidades carnais ou mundanas, ou na nossa natureza corrupta. Mas exalto o Deus que providenciou para nós uma maneira de nos reconciliarmos com Ele através de Jesus Cristo, por nos amar de tal maneira a nos corrigir em amor, e nos moldar, nos polir, ao nos preparar para o Seu ministério. Ele é um Deus incrível, amoroso, justo e gracioso. AquEle que merece todo louvor, glória e majestade. A Ele somente seja toda a glória… Soli Deo Gloria!

Eu quero agradecer a você por ler até o fim, apesar desse não ser um relato missionário. Mas entendo que parte do nosso trabalho missionário é sermos preparados para tal, então entendi que isso tinha que ser compartilhado. Eu me desculpo também pelos detalhes descritivos que podem ter tornado a leitura cansativa… Mas a maioria deles não poderia ter sido omitida. Muito obrigada.

Como sempre deixe-me terminar assegurando-os de que sempre oramos por vocês que nos enviam. Oramos por vocês que nos apoiam em oração e que nos abençoam com recursos que nós recebemos sempre de coração grato. Nós continuamos louvando ao Deus todo-poderoso por suas vidas, irmãos e irmãs, e sobre vocês pedimos que Deus continue manifestando a Sua presença, que Ele cuide de vocês, guie vocês e os abençoe. Que a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo esteja com vocês todos (2ª Coríntios 13: 14)

Helena, junto com Ricardo, Juca e Mari.


8 Comentários

🇺🇸 Newsletter Jan/2018 – 🇧🇷 Newsletter Jan/2018

🇺🇸 English 🇧🇷 Português

🇺🇸 Once again we are posting on the blog, and we want to start the new update the same way we did last time… So we are now greeting the church of the LORD and our brothers and sisters with grace, mercy and peace from God the Father and Christ Jesus our Lord (2nd Timothy 1:2).

I apologize for the delay in publishing it.

This is going to be a quick update on how things are… and quite personal since it contains a confession. I look back to the end of 2017 and recall a prayer I said to God…

During our almost 5 years of doing missions, we have come across some pretty hardened hearts, sadly. Many people who would reject the Gospel, choose not to listen, decline an offer to freely be given a Bible, a devotional, a CD or a DVD; or they would turn their backs, change the subject, or even openly call us crazy, delusional etc. The curious thing is how it affects differently both Ric and I. Ric feels challenged by situations like this, and it sort of powers him into keeping on doing missions. I, on the other hand, sulk up. And the circumstances mentioned above, they sort of pile up and eventually I become discouraged. And here is my confession!

So, by the end of 2017, after encountering quite a few travelers and sailors from areas traditionally known as to having no regard for God nor His Gospel, I prayed to God one night and asked Him to please not let me feel discouraged. I know everyone who comes to us does so because He has led them to us. But I was “tired” of always approaching people who would eventually have what seemed to me hardened hearts. I asked Him to please send us people who would be legitimately thirsty for knowing more about Him and who He is, who would be open to understand and accept to listen to what God has to say to them through us, listen to our life testimony… and who wouldn’t shut Him out by avoiding us or labeling us, the Christians.

And how beautiful it is to be able to actually experience such a personal response to prayer, as we look back and see D., G.. and J., so open to hear about Jesus. D. is originally Jew. G. is Canadian and speakes mostly French. J. is also Canadian. Three very different people whom we met in very different occasions, but who brought me such a feeling towards God and His concern with our “needs” that I felt overwhelmed when I realized what He was doing.

D., countless times asked us about Jesus and our ministry, was very interested, intrigued and curious in knowing more and more. G., during a storm that hit us in the anchorage in Bimini, was literally saved by Ric from hitting the rocks and other boats in the anchorage (and causing himself, others and the boats some damage), repeatedly acknowledged being sure it was God who had sent Ric over to save him and his boat; showing, this way, such regard for the Lord we were not really expecting to see or hear, but which allowed us to freely share more about Jesus and our ministry. J., a very sweet and friendly lady sailor with her husband, approached us one morning, introduced themselves and as simple and easy as that became friends! We’ve exchanged cakes and sweets, went fishing for lobsters together, and had the opportunity to chat a couple of times about God and how He is in control etc…

God listens to our prayers and takes pleasure in answering them. Not always the way we want or expect… but more to the truth expressed in John 15 when Jesus is saying: “If you remain in me and my words remain in you, ask whatever you wish, and it will be done for you. This is to my Father’s glory, that you bear much fruit, showing yourselves to be my disciples.” (John‬ ‭15:7-8‬). It brings much peace and joy to my heart to be able to experience God in action in such way!

So, eventually, we left Bimini and headed to Nassau. That was an important trip because we needed to do some things which required a place with more resources than the one we had been in. So we needed to have our passports renewed, and we needed a Brazilian consulate in order to do so. We needed to fix our satellite phone which broke as soon as we arrived in the Bahamas – we could either send it to Miami, or find a place here in Nassau that could fix it. I needed to see a doctor for an exam I had been delaying and needed a nice hospital to have it done. We also needed to at least try to fix our wind generator – so useful specially here in the Bahamas where wind is so constant… And so many other small things. Nassau, we already knew, had all these!!!

The trip to Nassau was interesting. The first day allowing us to have a beautiful trip. The color of the see in the banks is something indescribable. What was most interesting is that it is not advisable to sail at night through the banks exactly because of the existance of the banks – obviously. So as odd as it may sound, we had to anchor (together with 4 other sailboats or so) away from the channel, but sort of in an open area. We had to pick a night that wouldn’t be windy because we wouldn’t be sheltered at all. The night ended up being ok. It rolled a bit, but we could rest well. The next day we had to finish sailing the banks and enter the sounds, then cross Andros on our right and Chub Cay on our left, then head other 30 miles till Nassau. While in the banks everything was easy, but it turned a bit rough (and a lot rougher later on) when we entered the sounds. It wasn’t a dangerous trip, the sounds, it was just very, very unconfortable. What made it more so was that we were sailing upwind in such way we could not even hoist the sails… the only way east was with the engine. So winds were coming one direction, waves another and we were trying to move ahead while we waited for them (wind and waves) to come to an agreement… which didn’t seem to be happening any time soon. On we headed and then… silence!!! Our engine simply stopped. Truth be said we had already prayed for better weather so many times that day, that I wasn’t expecting a surprise like this. Only 18 miles more and we would be in Nassau… only about 3,5 hours. And the engine stops? Really!?! But God… Oh God is so good and gracious! God’s gifted Ric with this incredible ability in mechanics and it seemed to me that God was whispering in Ric’s ear: “Do this… Check that… Go see that other thing…” And in no more than 20 minutes we were good to go. Just in case you are wondering what happened, something got caught in the hose that sends fuel from the tank to the engine and it got clogged. So, after such an adventure, we were finally able to arrive in Nassau by night, that very same day, praying to the LORD and singing Him praises for His goodness, His control, His presence all the while, for His beautiful creation, His love and grace.

So now (originally written on the 31 of January, 2018), we’ve already managed to have the satellite phone fixed, the wind generator looked into (not repaired though), the passports emitted and I had the exams done and found out everything is fine! So many motives of praise.

Because we connected so beautifully with St Andrews Presbyterian Kirk here in Nassau the last time we were here (March 2017) and this time over again, we’re staying here for about 2 other weeks (current date of publishing). They have amazing children, youth and women groups (the latter being called Proximity242 – with a hashtag of #NODLA – meaning No One Does Life Alone), and I ask you to have them in your prayers as they serve the Lord here in this island. The Lord has blessed us immeasurably while fellowshipping with them and this connection will certainly be missed when we sail off to Cuba.

We are now almost ready to move on! From Nassau, hopefully we’ll be going to Spanish Wells (where we will – God willing – fix an issue at the bottom of the boat), and sail south to Eleuthera and the Exumas. We still have some time in the Bahamas and we’ll gladly be taking one step at a time to go wherever and everywhere God is telling us to go.

Again, we keep praying for you who have sent us. We pray for you who support us in prayer and who bless us with resources that we receive with so grateful hearts. We go on praising the Almighty God for your lives, brothers and sisters, and over you we pray God will manifest His presence, that He will take care of you, guide you and bless you. May the grace of the Lord Jesus Christ, and the love of God, and the fellowship of the Holy Spirit be with you all (2nd Corinthians 13:14).

Helena, with Ricardo, Juca and Mari
(OBS.: Below, after the Portuguese version of the post, you will find pictures of us during the month of January, 2018. Please, click the pictures to access their captions.)

🇧🇷 Mais uma vez estamos postando no blog, e queremos começar a postagem da mesma maneira que fizemos anteriormente, saudando a igreja do Senhor e nossos irmãos com a graça, a misericórdia e a paz da parte de Deus e Jesus Cristo, nosso Senhor (2a Timóteo 1:2).

Lamento a demora da liberação da postagem.

Esta será uma postagem mais breve sobre como as coisas estão por aqui… e um tanto pessoal, uma vez que ela contem uma confissão agora, na primeira parte. Eu olho para trás, para o final de 2017 e relembro uma oração que fiz a Deus…

Durante nossos quase 5 anos fazendo missões, nós nos deparamos com vários corações endurecidos, infelizmente. Muitas pessoas que rejeitaram o evangelho, escolheram não escutar, recusaram uma oferta de receber de graça uma Bíblia, um devocional, um CD ou um DVD, ou que viravam a costas, mudavam de assunto, ou mesmo nos chamavam de loucos, iludidos etc. O curioso disso é a forma como isso nos afeta, ao Ric e a mim, diferentemente. Ric se sente desafiado por situações assim, e isso meio que lhe dá mais energia para seguir evangelizando. Eu, por outro lado, me calo. E as circunstancias mencionadas acima, vão como que se acumulando e eu acabo ficando desanimada. Aqui está a confissão!

Então, no fim de 2017, depois de ter encontrado um razoável número de viajantes e velejadores de regiões tradicionalmente conhecidas por não terem nenhuma consideração para com Deus ou o evangelho, eu orei ao Senhor e Lhe pedi por favor para não me deixar desanimar. Eu sei que cada pessoa que vem até nós o faz porque foi dirigida pelo Senhor. Mas eu estava ficando “cansada” de sempre abordar alguém que tivesse um coração “aparentemente” endurecido. Eu Lhe pedi para que por favor nos enviasse pessoas que tivessem legitimamente grande sede por conhecer mais dEle e quem Ele é, que estivessem abertas a entender e aceitar o que o Senhor tem para dizer para elas através de nós, a ouvir nosso testemunho de vida… e que não O repudiassem ao nos evitar ou nos rotular, nós, os Cristãos.

E que lindo é poder experimentar uma resposta tão pessoal, ao olharmos para traz e vermos D., G. e J. tão abertos para ouvir sobre Jesus. D. é judeu, originalmente. G. é canadense e fala francês (quase nada de inglês). J. é canadense. Três pessoas bem diferentes, que encontramos em ocasiões variadas, mas que me revelaram um sentimento especial para com o Senhor e Sua preocupação com as nossas “necessidades”, que me senti transbordar quando percebi a forma como Ele estava agindo. D., inúmeras vezes nos perguntou sobre Jesus e nosso ministério, estava muito interessado, intrigado e curioso em saber mais e mais. G., durante uma tempestade que nos atingiu em uma ancoragem em Bimini, foi literalmente salvo pelo Ric de bater nas pedras e em outros barcos na ancoragem (e assim causar a si mesmo, a outros e aos barcos um pouco de estrago), repetidamente reconheceu estar certo de que fora Deus quem enviou Ric para salvar sua vida e seu barco. Mostrando assim um respeito pelo Senhor que não esperávamos ver ou ouvir, mas que nos permitiu compartilhar livremente mais sobre Jesus e nosso ministério. J., uma senhora muito simpática e querida junto com seu marido se aproximou de nós uma manhã, se apresentou e assim, tão simples e facilmente nos tornamos todos amigos. Trocamos bolos, doces, e pescamos lagostas juntos. Tivemos a oportunidade de convesar algumas vezes sobre Deus e como Ele está no controle.

Deus ouve nossas orações e tem prazer em respondê-las. Nem sempre do jeito que a gente quer ou espera… e sim tendo mais a ver com a verdade expressa em João 15 quando Jesus está dizendo: “Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” (João 15:7-8). Isso traz muita paz e alegria ao meu coração… poder experimentar Deus agindo desta maneira!

Então, finalmente, partimos de Bimini e nos dirigimos a Nassau. Esta era uma viagem importante porque precisávamos fazer algumas coisas que exigiam um pouco mais de recursos do que os que tinhamos em Bimini. Nós precisávamos renovar nossos passaportes; e para isso, uma embaixada do Brasil era necessária. Precisávamos consertar nosso telefone satelital que tinha parado de funcionar bem quando chegamos nas Bahamas. Eu precisava ir a um médico e fazer alguns exames de rotina. Nós também tinhamos que ao menos tentar consertar nosso eólico – tão útil em especial se estamos nesta região onde o vento sopra constantemente…. Isso tudo entre outras coisas. E Nassau, nós já sabíamos, tem tudo isso.

A viagem até Nassau foi bem interessante. Tivemos um primeiro dia de viagem muito bonito. A cor do mar na região dos bancos de areia de Bimini é simplesmente indescritível. O que foi mais interessante foi que não é recomendável velejar pelo canal dos bancos à noite, por causa dos próprios bancos de areia – obviamente. Então, por mais estranho que pareca, nós tivemos que ancorar fora do canal (junto com mais outros 4 veleiros), meio que em uma área aberta e sem proteção. Tivemos que escolher um período em que não houvesse muitos ventos pois não teríamos abrigo algum. A noite acabou indo muito bem. O barco balançou um pouco, mas conseguimos descansar. No dia seguinte, tivemos que terminar de velejar pelos bancos e entrar no que eles chamam de “sounds”, que é uma região com bem mais profundidade. Em seguida, navegar por entre Andros e Chub Cay e seguir as demais 30 milhas restantes até Nassau. Enquanto estávamos nos bancos, tudo foi muito agradável e tranquilo. Mas a coisa complicou (e complicou ainda mais, logo depois) quando entramos nos sounds. A viagem pelos sounds não foi em si uma viagem perigosa, mas foi muito, muito desagradável. O que a fez mais desagradável foi velejar contra o vento de forma que nem ao menos podiamos levantar velas… o único jeito de ir para o leste era usando o motor. Então, tínhamos ventos vindo de uma direção, ondas de outra, e nós tentando seguir adiante enquanto esperávamos que eles (ventos e ondas) entrassem em acordo… o que nao aconteceu muito em breve. Fomos seguindo adiante e, então… silencio!!! Nosso motor simplesmente parou! Confesso que já tínhamos pedido a Deus em oração por condições melhores de viagem algumas vezes naquela situação… entao, acho que dá para imaginar o tamanho da surpresa quando o motor parou. Faltava apenas 18 milhas e já estaríamos em Nassau… só mais 3,5 horas. E então, o motor pára? Sério, mesmo?!? Ahhh, mas Deus… Deus e tã bom e graciosos! Deus dotou o Ric com esta incrível habilidade em mecânica, e me parecia que Deus ia sussurrando ao seu ouvido: “Faz isso… Verifique aquilo… Vá ver aquele outra coisinha logo ali…”. E em não mais do que 20 minuntos, tudo se resolveu e estávamos prontos para seguir viagem. Caso estejam curiosos, o problema foi que a mangueria que liga o tanque de diesel ao motor, entupiu com um pedacinho de silicone que caiu dentro do tanque. Então, depois de tanta aventura, nós conseguimos chegar a Nassau já de noite, naquele mesmo dia; e oramos ao Senhor e cantamos louvores a Ele por Sua bondade, Seu controle, Sua presença durante tudo aquilo, por Sua criação, Seu amor e Sua graça.

Até agora (data original do texto: 28 de janeiro/2018), nós já conseguimos consertar o telefone satelital, trabalhar no eólico (infelizmente, sem sucesso), renovar nossos passaportes e fazer as consultas e exames necessários… Tantos motivos para louvar ao Senhor!!! Estamos então, agora, prontos para zarpar.

Por termos nos conectado tão bem com a igreja Presbiteriana de St Andrews aqui em Nassau (St. Andrews Presbyterian Kirk), acabamos decidindo ficar aqui por mais duas semanas (data em que publico a postagem). Eles têm um grupo incrível de crianças, jovens e mulheres (este último chamado Proximity 242 – que leva o hashyag #NODLA – significando No One Does Life Alone, ou “ninguem leva a vida sozinho”), e peço a vocês que orem por eles e por este ministério, enquanto eles servem ao Senhor e ministram na vida dos habitantes daqui da ilha. O Senhor nos abençoou imensuravelmente enquanto congregávamos lá, e essa conexão certamente nos fará falta quando partirmos daqui para Cuba.

Daqui de Nassau, com fé, vamos para Spanish Wells (ainda nas Bahamas). Lá, se Deus quiser, vamos resolver um detalhe de manutenção no barco e o tiraremos da água por um tempinho. Depois disso, começamos a viajar para o sul, passando por Eleuthera e pelas Exumas (ambas nas Bahamas). Nós ainda temos um tempinho aqui nas Bahamas e seguiremos dando um passo de cada vez em direção a onde quer que o Senhor deseje nos enviar.

Continuamos orando sempre por vocês que nos enviam. Que nos sustentam em oração e nos abençoam, dirigidos pelo Senhor, com recursos que recebemos com muita gratidão. Seguimos louvando o nome do Altíssimo pela vida de vocês, irmãos, e sobre vocês pedimos que o Senhor derrame mais de Si, cuide de vocês, lhes dirija e Se faça presente mais e mais. Que a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês,

Helena, junto com Ricardo, Juca e Mari.
(OBS.: Abaixo, voce encontrara nossas fotos durante o mes de janeiro, 2018. Por favor, clique na foto para entender sua legenda)


Deixe um comentário

🇺🇸 Newsletter Dec/2017 – 🇧🇷 Newsletter Dez/2017

🇺🇸 English / 🇧🇷 Português

🇺🇸 We want to greet the church of the Lord and our brothers and sisters with grace, mercy and peace from God the Father and Christ Jesus our Lord (2nd Timothy 1:2).

In this email, we’ll tell you all a little bit about what our lives have been like since we started the 2018 sailing mission trip.

About 50 hours after we had left Cape Canaveral, in Florida, we got to the Bahamas – it was about the end of the day, November 24th 2017. The beginning of our sailing trip was intense: bad weather, sailing against the Gulf Stream, facing hard wind gusts… apart from the rain and all. The last 8 hours, though, were very enjoyable. Everything got better; the four of us were already more rested because we could go in to Fort Lauderdale (Lake Silvia) for a night’s rest. So, in the end, we could really enjoy the real crossing to Bimini; those last miles.

IMG_0056

The marina we expected to be able to dock the boat so we could go ashore for the customs and immigration procedures was closed. We could see from the distance what used to be a marina, which did not resist the strength of the winds during the last hurricane season. Next to it, another marina was willing to take us in so we could go through the procedures, but after a few attempts to dock (the strong current was not helping much), they changed their mind and suggested us to dock someplace else. A little farther ahead, there was another marina with much better conditions to assist us.

These procedures are not only the legal procedures to enter whatever country we’re driven to minister, but they are also important for us as a way to prove we really left the countries we were in before, as we’re given a stamp showing the date we are entering the new country. For example, in our last entry in the USA we were given a stay til the 24th of November, 2017. When you leave the country, though, you get no one stamping your passports so you have really no proof of leaving giving by the USA. This is their regular procedure. So what we needed was to get to the next port and get our passports stamped as soon as possible, so that that can be used as proof. Since we left on November 22nd, even though there is some tolerance regarding the deadlines, we really wanted to have our stamps in the passport showing we respected what had been asked of us – which was to leave the USA by the 24th. We understand that once we are honoring the authorities to which we are submitted, we are also honoring God, who established them – and therefore, we take pleasure in it.

As we docked, we could easily go ashore and deal with the legal procedures… it was the 24th. We were the last people to be assisted on that day. While we waited for the officer, doors and windows were being shut, the AC turned off… and God took care of it… allowing us to get our passports stamped on the right date. It was such a blessing. We saw it as a gift from God… we felt honored and blessed by Him.

Now finding an anchorage after that was not that difficult. We had a great first night a little more to the North of the Island; very happy that we could still communicate with family and friends who were expecting news, through an open wifi signal around the area.

In the morning, though, we realized we had anchored just by the hydroplane airport. It was pretty noisy and a bit uncomfortable… but soon we discovered there was another anchorage a little more to the North which seemed quieter, so we headed there, on foot. We had to go through a Hilton Resort area to reach the other anchorage (the place is beautiful). We eventually found the harbor master to whom we should talk about anchoring – P. V.. P. descents of a Brazilian grandfather; speaks no Portuguese, but loves the nation. He told us we could use the anchorage and the marina’s dinghy dock if (and whenever) we wanted to go ashore. That was again another blessing to be counted. It makes life a lot easier if you have a place to dock your dinghy when you go provisioning, for example. Very happily, we continued journeying the resort area and observing the surroundings. While we walked I questioned myself whether what we were offered would eventually cost us some money. So, unsure, we went back to P., who assured us there was going to be no charge. I took a step further and questioned him if, in any case, the kids would like to use the swimming pool… how that would go about. I know in some cases we can do this but there is usually a cost, so I was wondering how much that would be and if that was even possible. Peter, then, took us to his office and after getting to know us a bit more, ended up giving us special bracelets which granted us the use of the swimming pools and other amenities in the resort, for as long as our stay lasted. We had no words to thank him; and we felt even more blessed for the way God was conducting all this.

IMG_0057

But I have to stop now and state something. Christian life is no bed of roses. Of course God takes care of us; surely He is present at all times; certainly, His plans for us are always to give us future and hope, but we do go through adversities that God will allow or even place Himself in our lives in order to shape and lapidate us, so we can be found worthy to be used for Him, to accomplish the plans He made according to His purposes. So… let me go on now and tell you that a little before leaving Florida we faced a problem that took us quite a while to realize how much it was still hurting us. Because we had lost our focus (Jesus), we got distracted, and, therefore, unguarded – which allowed the enemy to take advantage of it and hurt us even more… for that while, it seemed we forgot we are redeemed. God applied correction, He dealt with the situation, He applied discipline. I accepted His correction, and it did hurt, but I understand I am His beloved child and I took it all in with a grateful heart. It all brought a very bad atmosphere to the whole crew, up to the moment when we took notice of what was happening and I knelt down, bowed down and repented.

While we were going through this issue, during the break of a day, rough winds blew our way and we dragged. We dragged til we reached the docks in the marina. We woke up with the soft thump of the side of the boat connecting with the dock. Our brand new anchor, a “rocna”, did not hold us still. Incredibly enough, it seemed we had meticulously and deliberately parked there… in between two huge yachts! I confess I have no idea whatsoever how we did not hit any of the yachts near us. I was already picturing the other sailors coming out at us… shouting and yelling insults at us… Oh, but God!!! God gave those sailors a deep sleep that morning break, and no one ever even knew what happened. Still I cannot believe we haven’t hit or hurt anything… not even ourselves. The yachts suffered nothing, the docks suffered nothing… our house suffered nothing! Still facing those winds, we went back to the anchorage and anchored there; then, went back inside for some rest… praising the Lord for delivering us this other time.

IMG_0058

Apart from that, some of the devices we need to sail or live aboard decided to stop working, without us ever knowing how or why. That happened to the dvd/cd-rom player we use for some of the kids homeschooling subjects, which stopped working and made it impossible for us to work with Juca’s science activities for 2 weeks It wouldn’t turn on. It wouldn’t work. No sign. We exchanged emails with the institution that sold the cd-rom to us and, very kindly and going totally out of her way, during their holiday recess, K. could email me everything I need to know and do in order to have access to the contents of Juca’s science curriculum. Praise the Lord!

IMG_0059

Also, our satellite phone shut down completely. We are up to now still communicating with a dealer back in Miami to see how we can sort things out.

It is not our desire to make you think life is so sad and hard and complicated. The anchor incident was totally our fault. We did not plan right when we let the anchor down. We did not pay attention to how deep it was and the amount of chain that would be needed to make it a good angle and all… The other things, well…apart from the difficulties, we had so many opportunities to minister in the lives of one another and the children’s about how God acts and interacts, and guards us, and guides us, and discipline us, and bless us…

More importantly, while in Bimini, we had so many opportunities of witnessing to the lives of the locals, that our hearts are filled with praise to the Lord. Ric won’t waste time in witnessing to the sailors around us. D. (carpenter, originally from Israel; today, an American – from Martha’s Vineyard), seems to be really interested in us as a family and very curious as to what we call mission; asking questions about what is it that we do, how was it that we were called into missionary work etc… S. (Canadian, from Quebec) also got close to us and even though he declares himself non-religious, has accepted with a grateful heart a DVD that tells the story of Jesus.

IMG_0060

The same thing happened to another sailor, who we do not know the name due to how fast the acquaintance was made. Other locals, more specifically women, have received Bibles, devotionals, books that talk about Jesus to be used with kids, apart from the DVD I mentioned before.

IMG_0061

In addition to this, Maria and I have been working on something new. We call it “The Stones Will Cry Out” project or ministry. It is a new approach to the rock painting that we like so much. The rocks have the art on them, but also a message, a verse from the Bible, that would direct them into knowing Christ and seeking the Lord. When they are done, we go out with them and leave them by the benches on the plazas and parks around the area, so people can find them and take home with them. We haven’t yet heard of a rock that has been found, but we look forward to it, and will hopefully come back with more news on this topic later on.

IMG_0062

We also contacted Gateway Outreach Ministry and Mount Zion Baptist Church, which are local churches, and had the pleasure of fellowshipping with them. Mr. H. was very helpfull and has a serving heart that touched us.

We received P. V. as our guest on the boat for lunch, and we could share a bit more about the Lord Jesus with him.

So this is how the beginning of this mission trip has been during this last weeks of 2017 – which will last till the middle of 2018, approximately. We can see God in action, delivering, sustaining, guarding, revealing Himself, guiding, disciplining, loving, anointing, pouring His Spirit, moving lives…

We always pray for you who have sent us. We pray for you who support us in prayer and who bless us with resources that we receive with so grateful hearts. We go on praising the Almighty God for your lives, brothers and sisters, and over you we pray God will manifest His presence, that He will take care of you, guide you and bless you. May the grace of the Lord Jesus Christ, and the love of God, and the fellowship of the Holy Spirit be with you all. (2nd Corinthians 13:14)

Helena, with Ricardo, Juca and Mari

🇧🇷 Queremos saudar a igreja do Senhor e nossos irmãos com a graça, a misericórdia e a paz da parte de Deus e Jesus Cristo, nosso Senhor.

Neste e-mail, contamos um pouco de como tem sido nossa vida neste começo de viagem missionária.

Aproximadamente 50 horas depois de termos saído de Cape Canaveral, na Flórida, chegamos às Bahamas no final da tarde do día 24 de Novembro de 2017. O começo da viagem foi intenso, tempo ruim, velejando contra a corrente do Golfo, e com ventos forte na direção contrária… além das chuvas… Mas as últimas 8 horas da viagem foram bem agradáveis. Tudo melhorou. Nós já estávamos mais descansados por causa da parada para dormir em Fort Lauderdale (Lake Silvia), e pudemos desfrutar destas últimas horas de travessia até Bimini.

IMG_0056

A marina que esperávamos atracar para fazer os procedimentos aduaneiros e de imigração, estava inoperante. Víamos os restos dela deixados pelos últimos furacões. Ao lado, uma outra marina se dispôs a nos acolher para os procedimentos, mas com tão poucos recursos que após as primeiras tentativa de atracar (a corrente forte não estava ajudando), eles mudaram de ideia e nos orientaram a ir para uma outra marina, mais a frente, onde teríamos melhores condições. 

Estes procedimentos, além de serem os procedimentos legais de entrada aos países onde fomos dirigidos a ministrar, são necessários para o carimbo nos passaportes, que também servem como comprovante de saída dos países anteriormente visitados. Por exemplo, nos Estados Unidos, nossa última entrada nos permitia ficar até o dia 24 de Novembro de 2017. Ao fazer a saída, não há carimbo dizendo que data saímos… o que comprovará se saímos mesmo do país será o carimbo do país seguinte, que leva a data da entrada neste último.

Tendo saído no dia 22 de novembro, apesar de todas as tolerâncias de prazo, desejávamos ter o carimbo de entrada nas Bahamas marcando no máximo, o próprio dia 24. Entendemos que, ao honrar as leis das autoridades as quais estamos sujeitos, estamos glorificando e honrando ao Senhor – que as instituiu – e assim, temos prazer em fazê-lo.

Ao finalmente atracarmos na marina, já passamos pelo procedimento aduaneiro, e em seguida fomos fazer a imigração. Como disse logo no início, era fim de tarde do dia 24. Chegamos, e fomos os últimos a ser atendidos naquele dia. Enquanto esperávamos o atendimento, portas e janelas já iam sendo fechadas, ar condicionado, desligado… e Deus cuidou para que conseguíssemos o carimbo para aquele mesmo dia. Foi um presente de Deus, mesmo; e nos sentimos honrados e agraciados por Ele.

Achar ancoragem, depois disso, não foi difícil. Passamos a primeira noite muito bem ancorados, mais ao norte da ilha. Felizes por podermos nos comunicar com família e amigos que ansiavam por notícias, através de um sinal de Wi-Fi aberto que estava próximo de nós.

Logo de manhã, percebemos que a área onde ancoramos era ao lado de um aeroporto de hidroplanos. Então houve um pouco de barulho e desconforto neste primeiro momento na ilha. Mas em seguida, descobrimos que esta área faz parte de um resort do Hilton. E que mais adiante havia uma outra ancoragem, mais tranquila, também parte do resort. Fomos até lá, a pé, por dentro do complexo. Um lugar muito lindo. Conhecemos a marina e o harbor master – que toma conta dos assuntos náuticos. P.V. é descendente de Brasileiros. Não fala português, mas tem carinho pela nação. P. nos disse que podíamos usar a ancoragem e que podíamos usar o dinghy doc, deixando o dinghy amarrado no píer da marina quando fôssemos descer para a terra. Já era benção grande ter esse recurso e acesso. Saímos muito gratos, e fomos passear pelo resort… esticar as pernas. Enquanto caminhávamos, me perguntei se este uso do que o resort oferece não seria cobrado de nós de alguma maneira, mais tarde. Incertos, voltamos a conversar com o P., que nos certificou que não haveria custo algum. Aproveitei e perguntei se haveria custo e qual ele seria, se caso as crianças um dia desejassem usufruir das piscinas. Sabemos que isso é possível em algumas marinas… P. então nos levou a sua sala, conheceu um pouco mais sobre nós, e acabou por nos presentear com pulseiras que nos dão livre acesso a tudo que o resort oferece durante o período da nossa estada. Outro presente que recebemos com muita alegria.

IMG_0057

Mas eu preciso parar um pouco para fazer uma ressalva. A vida do cristão não é um mar de rosas. Claro que Deus cuida, claro que Deus está presente e claro que Seus planos são sempre para o nosso melhor, mesmo que as vezes não nos damos conta… mas passamos por adversidades que Deus nos permite, ou até mesmo nos coloca, para sermos moldados e lapidados, e achados assim, dignos para sermos usados por Ele para o que Ele planejou, segundo o Seu propósito. 

Um pouco antes de sairmos da Flórida, tivemos um problema que somente depois que estávamos em Bimini é que fomos perceber o quão nos fez mal, e o quanto o inimigo aproveitou-se do nosso despreparo e distração. Lembremos que o inimigo sonda, nos ronda e procura meios de nos atacar e nos levar a cair, a tirar os olhos do Senhor e focar nas circunstâncias… esquecendo, as vezes, de que somos remidos do Senhor. Deus corrigiu, tratou, disciplinou. Aceitei com dor a correção, mas entendendo que sou sua filha amada e por isso a recebi com gratidão. Isso tudo trouxe por um tempo um clima muito desagradável para dentro do barco, até o momento em que percebemos o que estava acontecendo e me coloquei de joelhos, arrependida.

Enquanto isso acontecia, durante um amanhecer,fomos arrastados por ventos fortes até o píer da marina do resort. Nossa âncora, uma “rocna” novinha, não nos sustentou. Incrivelmente, foi como se tivéssemos feito baliza. Chocamos com o píer, bem de leve, de lado, atravessados no píer… entre dois yatchs enormes. Até hoje eu não sei como foi que não encostamos em nenhum deles. Eu já esperava os marinheiros saindo e nos insultando, gritando conosco… mas Deus deve ter lhes dado um sono profundo naquela manhã, pois ninguém saiu, ninguém sequer viu ou ficou sabendo disso. Ainda enfrentando estes ventos, manobramos e ancoramos novamente na área da ancoragem. Um livramento, sem dúvida. Sem sequelas ou danos. 

IMG_0058

Além disso, alguns dos nossos equipamentos simplesmente, de uma hora para a outra, pararam de funcionar. Foi o caso do dvd/cdrom player que usamos para algumas das aulas das crianças, que parou de funcionar; e até quinta-feira, estávamos impossibilitados de seguir com o conteúdo. Inexplicavelmente, K. – a pessoa que me atendeu – durante o seu recesso, decidiu verificar seus e-mails de trabalho e, mesmo o escritório estando fechado até o dia 2 de janeiro de 2018, resolveu me dar assistência e resolver nosso problema com êxito.

IMG_0059

Semelhantemente, nosso telefone satelital, de um dia para o outro parou de funcionar. Não carrega. Não liga. Nada acende. Também estamos em comunicação com um representante em Miami para vermos como resolver isso.

Não queremos, tampouco, que, dessa forma, imaginem que tudo é difícil e complicado. O ocorrido com a âncora, não foi culpa dela e sim de uma má análise nossa com relação à profundidade onde estávamos ancorados e a quantidade de corrente que deveríamos dar para que a ancora se fincassem bem… e o resto, bom, com as dificuldades, tivemos muitas oportunidades de ministrar na vida um do outro e nas vidas das crianças sobre a forma como Deus nos guarda, nos dirige, nos disciplina e nos abençoa.

Além disso, enquanto estamos em Bimini, foram tantas as oportunidades de ministrar na vida dos moradores locais, que só podemos nos encher de louvor ao Senhor. Ric não deixa a oportunidade escapar de ministrar na vida dos velejadores ao nosso redor. D. (carpinteiro, originalmente de Israel; hoje, americano – de Martha’s Vineyard) se mostrou muito interessado em nós como família e, depois que comentamos sobre o ministério, ficou muito intrigado e sempre nos faz perguntas sobre o que fazemos, como começamos, como fomos chamados, etc. S. (canadense de Quebec) também se aproximou de nós e, apesar de declarar-se não religioso, aceitou com gratidão um DVD que lhe demos sobre a vida de Jesus. 

IMG_0060

O mesmo aconteceu com um outro velejador, que, por ter sido um encontro muito breve, não tivemos a chance de descobrir o seu nome. Outras pessoas locais, mais especificamente mulheres, receberam bíblias, devocionais e livros sobre Jesus para usarem com crianças, além do DVD que mencionei acima.

IMG_0061

Outra novidade é que a Maria e eu começamos uma nova abordagem da pintura nas pedras. Elas levam arte, mas também uma mensagem que dirigirá quem a encontrar a buscar o Senhor. Depois da pintura e dos escritos que elas levam, nós as deixamos nos bancos das praças, nos jardins, ou em algum lugar público, visitado, onde as pessoas as possam ver e levar para si. O nome que demos para esta nova abordagem da pintura de pedras é “as pedras clamarão”, e quem as encontrar poderá postar na página do veleiro, no Facebook. Infelizmente, ainda não soubemos de uma que tenha sido levada… mas esperamos em breve compartilhar um pouco mais sobre isso com mais novidades.

IMG_0062

Também fizemos um primeiro contato com Gateway Outreach Ministry e Mount Zion Baptist Church, igrejas locais com quem tivemos a oportunidade de ter comunhão. o sr. H. tem um grande coração que serve e louvamos a Deus por isso.

E recebemos P. V. em nossa “casa” para um almoço e uma nova oportunidade de compartilhar um pouco mais sobre Jesus.

Enfim, assim está sendo este começo de viagem missionária deste fim de ano – que irá até meados de 2018. Vemos Deus agindo, livrando, guardando, Se revelando, dirigindo, disciplinando, amando, ungindo, derramando do Seu espírito, movendo vidas…

Oramos sempre por vocês que nos enviam. Que nos sustentam em oração e nos abençoam, dirigidos pelo Senhor, com recursos que recebemos com muita gratidão. Seguimos louvando o nome do Altíssimos pela vida de vocês, irmãos, e sobre vocês pedimos que o Senhor derrame mais de Si, cuide de vocês, lhes dirija e Se faça presente mais e mais. Que a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês,

Helena, junto com Ricardo, Juca e Mari.


Deixe um comentário

🇺🇸 2018 – Mission Focused Posts / 🇧🇷 2018 – Postagens com foco em missões.

🇺🇸 English / 🇧🇷 Portuguese

 

🇺🇸 As a new year begins, new proects and challenges begin as well.

We hope you can enjoy the updates we’re bringing to the blog, mostly regarding the mission trips.

Obs – New / Future posts will appear protected by a passcode, which will be shared only via email. Thank you for understanding.

 

🇧🇷 Um novo ano se inicia e com ele, novos projetos e desafios.

Esperamos que voces possam desfrutar das novidades que traremos ao blog, tratando em sua maioria sobre o tema das viagens missionárias.

OBS – As novas / futuras postagens aparecerão protegidas por senha, a qual será liberada apenas por emial. Obrigada por entender.


Deixe um comentário

What have we done so far?

As a way to let you into what we’ve done so far we decided to show you an image (which is worth 1000 words) of the globe. You’ll quickly notice the routes, traced in red, showing the places we’ve been to, stayed at and visited.

mapa-japs

In the near future, we’ll let you in our next route – to the Bahamas. 😉

Keep sailing with us,

Enjoy!

Amar Sem Fim Crew

 


Deixe um comentário

What next…? (2017 Spring & Summer)

So… here we are… some good months later… posting what’s next… what is to come!!!

So lots of things happened during our stay here in the USA which ended up assuring us God’s will for us now is that we go to the nations again.

And again, we’re heading to the Caribbean. Yes, we’re heading South for a change. It’s been so long we’ve been sailing North that this change is something were really looking forward to.

There is a plan, a route, which you’ll get to enjoy while sailing with us. For now, what I can let out is our first stop after leaving in the beginning of March, will be the Bahamas… and that during the hurricane season, we’ll be safe!!! We don’t want to go through what we went through last year when Matthew struck Florida in October.

But in all things, what we want to do is what He tells us to do. So if plans change, it’s a good thing. It shows our hearts are still open to obeying and going wherever He tells us to go. So sail with us!!!! 🙂

Changes are tough. Goodbyes are even tougher. But our Mighty God takes care of our hearts and the hearts of the ones staying staying behind (at least for this little while), who we know we can count on in supporting us in prayers (we need your prayers!!!).

So thank you!!! Big thanks to you, who helped us get organized, load the boat with whatever we need to take with us and help out communities and churches throughout the Caribbean; you, who help us with Bibles, provisions, toiletries, equipment, and so on and so forth.

We feel blessed and we praise the Lord for being able to see Him working through your lives as well, while you serve Him like this.

Thank you, Lord Jesus.
Amar Sem Fim Crew


Deixe um comentário

Mas e o resto da Bahia?

Quanto ao restante da nossa estada na Bahia, não quero que nos julguem por termos passado rapidamente pelos locais quepassamos depois

que deixamos Porto Seguro, mas que entendam nossa agenda, por assim dizer.

Tínhamos uma regata (competição de barcos a vela) nos esperando em Aratu / Maragogipe… Na Bahia de Todos os Santos. 

E
isto fez com que vivêssemos e enfrentássemos a pior situação pela qual se pode passar: Datas (ou “prazos”). É aí, nesta situação, que está justamente o que nos põe em risco. Porque por conta de datas e prazos, pessoas deixam de ser prudentes e se arriscam… E já vimos issoacontecer de perto (e com um final nada feliz).

Para chegar a Bahia de Todos os Santos precisávamos passar rapidamente por Camamú e Morro de São Paulo… Além de parar em Salvador. Entendam que quando digo rapidamente, é exatamente isso que quero dizer. Sem exageros, nem floreios.

De pirajá em pirajá, fomos velejando e navegando e, assim, chegando a Salvador. Havia aviso de mar grosso e resta para toda a região, mas como as pernas eram curtas (a o tempo se acabava) decidimos encarar a situação.

Conforme postamos no facebook, a chegada a Salvador foi terrível e temível. Seguramente nossa pior situação no mar. Apesar de curta, a viagem de Morro de São Paulo a Salvador foi tensa e intensa, e foi isso que nos fez ficar e descansar em Salvador por alguns dias, ao invés de seguir viagem até Aratu, algumas horinhas à frente (dentro da bahia). Quando chegamos ao TENAB, vimos, amarrado bem ali, o veleiro Pangeia, do querido amigo Beto. Foi uma alegria imensa encontrá-lo ali; e pudemos ser vizinhos por alguns dias.

Em Aratú corremos nossa primeira regata até Maragogipe. Mas em uma manobra durante a competição, precisamos ligar os motores por questões de segurança, e isso desclassifica o competidor… Dessa forma, assim que cruzamos a linha de chegada (porque decidíramos que a terminaríamos mesmo assim), cientes do que isso acarretaria, comunicamos com respeito e conscientemente o fato a CR e fomos oficialmente desclassificados.

Em Camamú e Morro de São Paulo passamos apenas breves noites de descanso… E talvez um dia… E em Salvador, acho que devemos ter chegado a ficar um total de 1 semana… Ou algo assim.

Como disse foi breve e rápido. Salvador não nos encantou, infelizmente, e em seguida já partimos para Recife PE, juntamente com o veleiro do Beto, o Pangeia.

   
    
 


Deixe um comentário

Mais um pouquinho de Porto Seguro (o final da história)

Tanta coisa para publicar sobre os últimos meses que até sinto frio na barriga.
Primeiro porque relembrar os últimos meses significa revivê-los… e confesso que foi muito para digerir. Segundo porque realmente é muita coisa para pôr em dia… mas se consegui sentar para fazê-lo é realmente porque está na hora de atualizá-los. Então vamos lá:

Sobre nossa estada em Porto e o porquê da nossa”demora” por lá, você poderá voltar ao post anterior. Então, aqui, sigo contando o que nos aconteceu depois que decidimos ouvir a voz do nosso Guia (Jesus) e obedecê-lo, percebendo as portas que Ele nos abria e a forma como nos guiava (e ainda guia).

Como contei no post anterior, ficamos em Porto porque surgiu a oportunidade de servir a Deus, amando e servindo aos nossos vizinhos. Ao ficarmos, nos comprometemos com a Igreja Apostólica da Graça a servir com eles durante o mês de Junho – quando 3 igrejas americanas diferentes, porém ligadas com um mesmo propósito, viriam ao Brasil (especificamente Porto Seguro – BA) para ações de evangelismo e obras sociais.

Confesso que a princípio, quando fomos “convocados”, não tinha entendimento do que era que íamos fazer… Mas nosso coração desejava muito serví-LO – e tampouco queríamos perder a oportunidade de permitir que as crianças participassem de algo parecido (nem que fosse apenas como espectadores).

Aos poucos, conforme a data do “evento” ia se aproximando, fui entendendo que a necessidade a qual o projeto mais carecia era na área de línguas. Precisavam de interpretes. Eu nunca fui interprete. Tive receio, mas seguimos em frente.

Ricardo foi comigo, e João e Maria foram junto no primeiro dia apenas como companhia. Eu queria muito que eles começassem a viver missões de forma mais real e que a experiencia pudesse despertar o coração deles. Mas eu mal sabia o que Deus já tinha reservado a eles.

Conforme as pessoas da Englewood Baptist Church foram chegando e se instalando, eu fui me apresentando e tentando me fazer útil de alguma forma, perguntando onde precisavam de mim e como poderia serví-los. Fui direcionada a área onde se lavavam os pés. Isso mesmo, lavam os pés na área a qual fui designada. Apesar de ter a historia de Jesus (como Rei) amando e servindo seus amigos ao lavar seus pés como uma das histórias que mais amo na Bíblia, não conseguia visualizar como que aquela área poderia funcionar. Ao subir e me colocar a “postos” em um dos “boxes” onde receberíamos as crianças pude conhecer algumas das pessoas com as quais estaria servindo, me apresentar, falar um pouco de nós e entender melhor como era o serviço na área “Shoes”. “Shoes” era a área onde recebíamos as crianças (que já tinham sido previamente cadastradas pela equipe da igreja local que os recebia), lavávamos seus pés, lhes calçávamos meias limpas e novas e lhes dávamos um novo par de tênis (como um All Star), que tinha o nome JESUS escrito na parte de trás de cada pé. Enquanto fazíamos tudo isso, tínhamos a oportunidade de compartilhar nossa fé e o amor de Jesus não somente às crianças que ali estavam, mas também aos pais, avós ou responsáveis que as haviam trazido até nós. Enquanto tomava conhecimento de como tudo funcionava, ainda sem ter posto nada em prática e já me preparando para começar, pude perceber que a necessidade de interpretes era muito real… mas que havia sido suprida de alguma maneira em especial e curiosamente com a participação do Juca e da Mari. Sim, os dois, quando me dei conta, já tinham se apresentado, conversado com vários americanos e já tinham sido atribuídos a seus postos como parte da equipe que ali serviria. Então além de poderem ver o que aquela missão tinha como propósito, eles também puderam participar. Na verdade quem fazia tudo eram os americanos. Uma ou outra vez acabamos fazendo nós mesmo por conta do fluxo de crianças (em especial) que era intenso. Mas em geral, nosso papel era apenas o de interpretar… dizer para as crianças e acompanhantes tudo o que estava no coração dos membros da equipe.

Lembro-me com muito carinho de um momento em que o Juca simplesmente travou. Não se deu conta. Calou-se… e ficou a admirar o que Margareth dizia a uma criança. Ela então voltou-se a ele e lhe pediu que continuasse a tradução. Depois, ele me confidenciou que ficou tão apaixonado pela história que ela contava, e pela forma apaixonada como descrevia seu amor por Jesus, que prendeu sua atenção… e ele se esqueceu de continuar a tradução.

Lembro-me também de ter ouvido Juca, em outro momento, declarando “Cara, mãe, eu amo servir!”.

Para resumir um pouco esta história conto que fizemos as mesmas coisas com igerjas de Nashville, Goodletsville e Dyresburgh – TN (com os Pastores Phillip Jett e Boogie), bem como com a First Baptist Orlando (co os Pastores David Uth, Bill Mithcel, entre outros).

Com as igrejas do Tennessee tivemos ligações imediatas e elos que levaremos para a vida toda. Mas também com a igreja de Orlando pudemos experimentar o evangelismo em ruas… o que foi muito importante e significativo pra mim e pelo que sou muito agradecida a Deus por ter me presenteado com tal oportunidade. Além disso, pudemos participar desta última semana de serviço (com a igreja de Orlando) de outro ponto de vista. Desta vez, fazíamos parte da igreja de Orlando. Estávamos lá como equipe deles (pelo elo que já tínhamos com alguns membros de lá). E isso nos proporcionou vivenciar uma comunhão especial e diferente, por podermos fazer parte dos outros momentos em que envolvia a equipe.

Quando paro para lembrar de tudo isso, fico até sem palavras… e o medo de esquecer de mencionar nomes me faz não expôr o de ninguém além os dos Pastores.

Bom, quando a última igreja (a de Orlando) partiu, nosso planos eram de partir em seguida. Apesar do coração querer muito ficar (em especial por causa de uma outra semana de serviço e de um curso que Ric faria), Ric foi muito claro com relação a data de partida e não insistimos. Como disse, eu queria muito servir em mais um lugar. Desta vez era um projeto da Igreja Apostólica da Graça, mesmo, e não envolvia americanos. Desta vez era em uma aldeia. A aldeia Pataxó de Imbiriba. Mas Ric havia sido categórico: “Não dá. Não podemos!”. Como esposa, me coloquei debaixo de sua decisão, mas em amor, levei em oração o meu desejo ao Senhor. E lhe pedi que mudasse meu coração caso minha vontade fosse vaidade, ou que mudasse o do Ric. Não insisti com o Ric e confesso que não me lembro de ter insistido com Deus. O fato é que as portas se abriram de maneira sobrenatural, e Maria e eu fomos a Imbiriba. O que isso representou em nossas vidas, no entanto, foi algo  incrível. Com Maria e eu indo a Imbiriba, João ficaria com o pai e iria a Abrolhos (estávamos com amigos abordo). A época a qual me refiro não é muito tranquila para navegação na região pelo fato de ser época de baleias. Muita coisa pode acontecer… ou pode não acontecer nada (rsrs). Mas a ideia de uma possível colisão com uma baleia e o que isso significaria (avarias, etc) deixou Juca (e a mim também) apreensivo. Juca pediu, implorou para que não fossem a Abrolhos… se dizia inseguro e achava que não era para irem. Ouvimos, e Ric decidiu que iriam, de maneira mais segura, viajando apenas de dia, porque assim era mais fácil evitar uma possível colisão. Juca ainda não estava satisfeito e veio me pedir para intervir. Naquele momento o que pude fazer foi orar com ele. Deus institui o Ricardo como autoridade na vida do João. Não poderia deixar de apoiá-lo neste momento. Mas também não me sentia segura e entendia o receio do Juca. Com muito amor, orei com ele e lhe disse que orasse também. Expliquei o que disse sobre autoridade, mas reforcei que nada o impedia de levar o assunto diante de Deus e pedir (mais uma vez) que Deus mudasse o coração do Ric, ou dele mesmo.

Bom, saímos em direção a Imbiriba, Maria e eu… com o coração apreensivo porque no mesmo dia, mais a tarde, eles também sairiam em direção a Abrolhos. Chegamos cedo a aldeia, ajeitamos nossas coisas na casa do Luiz e da Tina e fomos nos reunir para começar o evangelismo na região. Neste momento de reunião, a primeira coisa que apresentamos diante de Deus foi a família de cada pessoa que estava ali servindo ao Pai. Lembro-me de como senti-me aliviada em saber que não era uma preocupação só minha, mas de todo o grupo… Seguimos com as atribuições do dia!

Não há sinal de telefone ou wifi na aldeia. Na verdade até se pode conseguir sinal, mas é bem difícil. Não dava para me comunicar com o Ric e saber como tinha sido a saída de Porto e onde estavam.

No fim do dia, depois do banho, já deitada, ouvi meu celular apitar. Levantei para ver se havia entrado algum sinal e vi que tinha uma mensagem. Do Ric. Que dizia assim: “Mission aborted”. Sem ter certeza do que aquilo significava, tentei várias vezes lhe escrever, sem sucesso. O sinal que entrou já não estava mais lá. Deitei-me novamente. Outro bip. Desta vez: “Você andou ensinando o Juca a orar? rsrs”. Entendi, então, que eles não tinham saído, mas ainda desconhecia os porquês. Depois fui saber que as ondas não proporcionariam uma viagem que pudessem desfrutar e acabaria sendo desagradável (para dizer o mínimo).

Estas histórias são histórias que não poderia deixar jamais de compartilhar. São histórias em que reconhecemos o Senhor Jesus como Senhor de nossas vidas e nas quais ele se faz tão participante, que honra o coração do servo justo e fiel. Tive uma oportunidade incrível de viver isso, e ver o Juca viver isso, e ver o Ric viver isso, e ver a Mari ver tudo isso. Não há nada que pudesse, naquele momento, ter desenvolvido ainda mais a fé de todos nós senão exatamente o que vivemos ali, naqueles momentos.

Deus cuida, se preocupa com os detalhes de nossas vidas, Ele honra. Ele supre, dirige, e orienta nossas vidas com amor indescritível… Mal posso esperar para experimentar mais.

AmarSemFim – Somente a Deus seja toda a glória!